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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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LAVAGEM DE DINHEIRO

Justiça Federal nega absolvição de Eder e irmãos Tocantins em ação proveniente da Ararath

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Justiça Federal nega absolvição de Eder e irmãos Tocantins em ação proveniente da Ararath
A Justiça Federal negou pedido de absolvição proposto pelo ex-secretário de Fazenda de Mato Grosso, Éder de Moraes Dias, e os advogados Kleber Tocantins Matos e Alex Tocantins Matos. Os réus são acusados por lavagem de dinheiro, corrupção ativa (advogados) e corrupção passiva (ex-secretário).

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“Deixo de absolver sumariamente os acusados Éder de Moraes Dias, Kleber Tocantins Matos e Alex Tocantins Matos, tendo em vista não estar presente qualquer hipótese do art. 397 do cpp...designo audiência para o dia 12/03/2015, às 13:30hs”, afirmou o magistrado Jefferson Schneider, da 7ª Vara Federal de Mato Grosso.

Conforme os autos, os três denunciados combinaram e executaram um esquema que envolveu o pagamento do precatório de R$ 19 milhões em benefício da empresa Hidrapar Engenharia Civil Ltda violando a ordem cronológica de pagamento dos precatórios em troca de mais de R$ 5 milhões em propina para o pagamento de dívidas de campanha eleitoral e para abastecer o “caixa-dois”.

Entenda o caso

Em nome da empresa Hidrapar Engenharia Civil Ltda, os irmãos Tocantins propuseram ações de cobrança para receber do Estado dívidas pela prestação de serviços para a extinta Sanemat. Paralelamente à tramitação da ação de cobrança, os advogados e o então secretário estadual de Fazenda combinavam um acordo que beneficiaria os dois lados envolvidos mediante o cometimento de crimes de corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

Para levar adiante o crime de lavagem de dinheiro e repassar a propina de R$ 5.250.000,00 às empresas indicadas por Éder de Moraes, os três denunciados contaram com a participação de Júnior Mendonça, proprietário das empresas Globo Fomento Ltda e Amazônia Petróleo.

Mediante a simulação de operações de antecipação de crédito, os denunciados tentaram dar a falsa aparência de legalidade ao esquema. Primeiramente, o ex-secretário de Fazenda Éder de Moraes determinou que o precatório em nome da Hidrapar Engenharia furasse a fila de pagamento de precatório. Assim, foram transferidos R$ 19 milhões, divididos em duas parcelas, da conta do Estado de Mato Grosso para a Tocantins Advocacia.

Em um segundo momento, foram repassados R$ 5.250.00,00 da conta do escritório de advocacia para Globo Fomento. Desse total, R$ 4 milhões eram para pagar um empréstimo feito pelo então vice-governador de Mato Grosso Silval Barbosa, em 2008, com Júnior Mendonça, para custear a campanha eleitoral do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB).

O restante, R$ 1.250.000,00 ficariam como crédito para ser usado em outra oportunidade iniciando o sistema de “conta-corrente” operado por intermédio das empresas Globo Fomento e Amazônia Petróleo. Em uma terceira fase da operação de dissimulação, R$ 1.250.000,00 foram transferidos para a esposa de Éder de Moraes Dias, Laura Costa, e para as empresas República Comunicação, ADM Comércio e Distribuidora de Serviços, Real Sports ADM e Jornal Resumo Online.
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