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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

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MPE aciona Walace e motorista por uso particular de veículo oficial

Foto: Divulgação

MPE aciona Walace e motorista por uso particular de veículo oficial
O prefeito de Várzea Grande, Walace Guimarães, e o servidor Antônio Carlos de Oliveira são alvo de ação civil pública por ato de improbidade administrativa proposta pelo Ministério Público Estadual (MPE) por utilizarem carro oficial do município para interesses particulares.

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Na ação, o MPE requer a condenação do prefeito e do servidor público por ato de improbidade administrativa, visando o ressarcimento integral do valor gasto devidamente corrigido e o pagamento de multa civil de até cem vezes o quantitativo da última remuneração recebida por cada demandado. Os dois poderão ainda ter os direitos políticos suspensos e terem os bens declarados indisponíveis para assegurar o adimplemento da multa civil estabelecida.

Conforme a denúncia do MPE, o veículo Corsa, placas KAH-1455, ficava na residência do motorista do prefeito e possuía, até mesmo, cadeirinha de bebê no banco traseiro. O carro, que foi descaracterizado por determinação do prefeito, também era utilizado para atender a interesses particulares do chefe do Poder Executivo Municipal. O fato veio à tona após o automóvel ter sido objeto de roubo na garagem da residência do motorista.

Em depoimento à Promotoria de Justiça, o motorista negou a utilização indevida do automóvel e afirmou que o mesmo estava em sua residência por motivos de problemas mecânicos, entretanto, pelo que foi apurado, o acusado mentiu ao órgão, já que suas declarações contradizem totalmente as provas dos autos, levando ao questionamento judicial.

“Como crer que o veículo foi estacionado na casa do réu com problemas mecânicos, portanto sem condições de trafegar, sendo este na mesma noite (antes de nenhum reparo técnico), levado por bandidos, em pleno funcionamento? É evidente a patranha do réu, totalmente desvendada por seu azar quando o automóvel público estava em local e hora indevidos sendo vítima de outros infratores da lei”, destacou o promotor de Justiça Luciano André Viruel Martinez, em um trecho da ação.

Durante as investigações, o MPE constatou, ainda, que o Poder Público Municipal gastou a quantia de R$ 7.249,69 para deixar o veículo em condições de uso, e mais R$ 2.693,00 para reparar os danos causados pelo roubo, totalizando o valor de R$ 9.942,69 vindos dos cofres públicos. “O dano ao erário poderia ter sido evitado se o bem não estivesse em desvio de função”, ressaltou o promotor de Justiça.
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