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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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Mãe denunciada por morte de recém-nascido será submetida a exame mental

Foto: Montagem Olhar Direto/Reprodução Denise Soares/G1

Mãe denunciada por morte de recém-nascido será submetida a exame mental
A juíza Mônica Catarina Perri de Siqueira, da 1ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou que Taianara Araújo Siqueira, seja submetida à analise de sanidade mental. A mulher foi presa e denunciada pelo assassinato do seu filho recém-nascido, Josué Araújo. O menino morreu após ter sido jogado no chão durante uma discussão de seus pais, em janeiro de 2014. Taianara e André Luiz Pinto de Souza foram presos horas depois pela Polícia Militar.

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O casal foi denunciado pelo crime de homicídio qualificado do bebê Josué de Araújo, de 40 dias. A prisão dos pais foi registrada horas após a morte da criança em 6 de janeiro de 2014 e ambos permanecem presos desde então.

“Diante dos documentos trazidos aos autos pela defesa da acusada Tainara Cardoso de Araújo, sugerindo que na época do fato encontrava-se depressiva e psiquicamente abalada, sob o trauma da parturição, determino a realização de Exame de Insanidade Mental, especialmente para verificar a possibilidade de quadro instalado de estado puerperal na época do fato”, diz  a magistrada em trecho do despacho.

A magistrada, no despacho, solicita que o psiquiatra forense responda a nove quesitos como: acusada, ao tempo do fato e em razão de doença mental era inteiramente incapaz de entender o caráter criminoso desse fato?

Pergunta também: a acusada, ao tempo do fato e em razão de doença mental, era inteiramente incapaz de determinar-se de acordo com o entendimento do caráter ilícito do fato? E, se a acusada, em virtude de doença mental era relativamente incapaz de entender o caráter ilícito do fato? Por fim, indaga se a ‘acusada se encontrava sob a influência do estado puerperal ao tempo do fato que lhe é imputado?’

O caso

A morte da criança foi registrada em 6 de janeiro de 2014. O menino foi levada para um hospital da rede pública já em óbito. Desconfiados das marcas na face do bebê e dos sinais de mordidas encontrados no abdome do menino, funcionários da unidade acionaram a Polícia Militar. O menino sofreu traumatismo craniano após ser jogado em colchão pelo pai durante uma discussão com a mãe da criança.

Em decorrência da queda, ele passou a apresentar sinais de que não estava bem (braço repuxando, assim como a perna) e problemas para conseguir se alimentar. Por causa dos sinais que o menino possuía os pais não o levaram para atendimento imediato e ele morreu três dias depois.


Tainara e André estão presos desde janeiro de 2014. Por três vezes tentaram obter a liberdade e tiveram os pedidos negados pela Justiça. Taianara está na Penitenciária Ana Maria do Couto May e André no Centro de Ressocialização de Cuiabá.
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