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Sábado, 20 de abril de 2024

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APÓS A SEVEN

Ministério Público instaura novo inquérito para apurar mais fraudes no Intermat

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Ministério Público instaura novo inquérito para apurar mais fraudes no Intermat
A “Operação Seven”, que determinou a detenção preventiva do ex-governador Silval Barbosa por fraudes valoradas em R$ 7 milhões, pode ter sequência nos próximos meses: o Ministério Público de Mato Grosso instaurou inquérito civil para apurar possíveis novos esquemas no Instituto de Terras do Estado de Mato Grosso (INTERMAT).

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Conforme portaria assinada pelo promotor de Justiça Clóvis de Almeida Junior, no dia 11 de fevereiro, o procedimento leva em conta possível “violação a princípios administrativos e eventual dano ao erário pertinente ao pagamento de áreas desapropriadas pelo Estado de Mato Grosso, áreas estas de qual o próprio Estado seria proprietário, referente aos bairros Renascer e Jardim Liberdade e pagamentos às empresas Provale Incorporadora e Santorini Empreendimentos Imobiliários”.

Com a portaria, os autos do inquérito foram desmembrados: a área pertinente ao Bairro Renascer, de interesse do Instituto de Terras do Estado de Mato Grosso (INTERMAT), seguirá para distribuição a uma das Promotorias com atribuição de investigação extrajudicial do Núcleo de Defesa do Patrimônio

Já a área de desapropriação pertinente ao Bairro Jardim Liberdade é considerada de interesse da Secretária de Estado de Fazenda (SEFAZ/MT). Foi determinado o prazo máximo de um ano para a conclusão do inquérito.

A Seven

O teor da ação penal proveniente da “Operação Seven” Possui semelhança com o novo inquérito: investigações realizadas pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) revelam que o ex-governador do Estado, Silval da Cunha Barbosa, foi o principal responsável pelo desvio de R$ 7 milhões das contas do Intermat no final de 2014. A ação apura o desvio de dinheiro público por meio da compra fraudulenta de uma propriedade rural na região do Manso.

As investigações do Ministério Público apontaram que no ano de 2002, o empresário Filinto Correa da Costa negociou com o Governo do Estado uma área de aproximadamente 3.240 hectares pelo valor de R$ 1,8 milhão. Ocorre que, no ano de 2014, 727 hectares dessa mesma área foram novamente vendidas ao Governo, dessa vez pelo valor de R$ 7 milhões.

No total, foram denunciados: o ex-governador, Silval Barbosa, ex-secretário chefe da Casa Civil e ex-secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), Pedro Nadaf, o procurador aposentado, Francisco de Andrade Lima Filho (vulgo “Chico Lima”). Estes três primeiros, seriam a liderança do esquema, segundo o GAECO. Os outros sete, mediadores, seriam : o ex-presidente do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), Afonso Dalberto, o ex-secretário de Planejamento, Arnaldo Alves de Souza Neto e o ex-secretário Adjunto de Mudanças Climáticas e ex-secretário de Planejamento, Wilson Gambogi Pinheiro Taques. Além deles, entre os de menor participação, figuram: Francisval Akerley da Costa, Cláudio Takayuki Shida, José de Jesus Nunes Cordeiro e Filinto Corrêa da Costa.

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