Os advogados do ex-governador de Mato Grosso, Silval da Cunha Babosa, formalizaram um procedimento jurídico para que a magistrada Selma Rosane Arruda, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, seja declara suspeita, e assim afastada, na ação penal proveniente da “Operação Sodoma”. A defesa argumenta sobre a ocorrência de um “ato inquisitorial”, por parte da juíza, durante o interrogatório dos delatores João Batista Rosa (agora com qualidade de vítima), Frederico Muller e Filinto Muller.

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A exceção de suspeição, distribuída ao desembargado Alberto Ferreira de Souza, da Segunda Câmara Criminal, no dia 4 de fevereiro, passará por exame liminar nos próximos dias. Além de Silval, estão presos preventivamente em conseqüência da Sodoma os ex-secretários Pedro Nadaf e Marcel de Cursi.

“Exceção de Suspeição oposta por parte do acusado Silval da Cunha Barbosa contra a Magistrada Dra. Selma Rosane Santos Arruda, sob a alegação de que a Exma. Magistrada, por ocasião das oitivas de João Batista, Frederico Muller e Filinto Muller em juízo, atos que antecederam as homologações das colaborações, teria interrogado os colaboradores, em típico ato inquisitorial, eis que realizando longe da defesa e dos acusados”, esclarece o processo.

Pelos autos, também fazem parte dos nomes arrolados como réus: Silvio Cezar Corrêa Araújo, Francisco Andrade de Lima Filho e Karla Cecília de Oliveira Cintra.

Segundo o Ministério Público de Mato Grosso, a antiga Secretaria de Estado da Indústria e Comércio, Minas e Energia (Sicme), atual Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso (Sedec), teria concedido incentivos fiscais, via Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Prodeic), de forma irregular, para algumas empresas.