Olhar Jurídico

Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Notícias | Civil

CERTIDÕES DE CRÉDITOS

TJ mantém bens de procuradores bloqueados por desvio de R$ 399 milhões

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

TJ mantém bens de procuradores bloqueados por desvio de R$ 399 milhões
A Terceira Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Mato Grosso negou provimento aos recursos (embargos de declaração) impetrados pelos procuradores do Estado Gerson Valerio Pouso e Dilmar Portilho Meira, buscando por desbloqueio de bens; ambos são réus por suposto esquema para emissão de certidões de crédito questionáveis no valor de R$ 398.981.029,89. As decisões unânimes, datadas desta terça-feira (26), obedeceram relatoria da juíza convocada Vandymara G.R. Paiva Zanolo.

Leia mais:
Silval sofre quarta derrota no Tribunal de Justiça e continua na prisão


Conforme o Ministério Público, as investigações apontaram que o esquema se aproveitou de um processo judicial trabalhista de mais de 300 Agentes de Administração Fazendária (AAF) para provocar a emissão fraudulenta de cartas de crédito por parte do Governo do Estado.

Cartas de crédito são papéis emitidos pelo estado para pagamento de dívidas e outras pendências. No mercado, eles geralmente são negociados por valores inferiores aos valores de face e são frequentemente comprados por empresas que precisam reduzir ou saldar dívidas tributárias com o estado.

Compõe pólo dos requeridos no processo: Gilmar Fabris, Dorgival Veras de Carvalho, Ocimar Carneiro de Campos, Enelson Alessandro Nonato, Rogério Silveira, Anglisey Battini Volcov, Eder de Moraes Dias, Dilmar Portilho Meira, Gerson Valério Pouso e José Constantino Chocair Júnior. O processo é fruto da Operação “Cartas Marcadas”.

No caso, os AAF buscavam na Justiça equiparação e isonomia com a categoria dos Fiscais de Tributos Estaduais (FTE) e exigiam ressarcimento dos valores e benefícios que teriam deixado de receber ao longo do processo, iniciado em 1996.

Diante da possibilidade de um acordo judicial entre o Saafemt e o estado em 2008, o grupo acusado pelo MP teria fraudado os cálculos dos valores que os agentes de administração fazendária deveriam receber, elevando-os para mais de R$ 1,2 bilhão.
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet