Promotor de justiça há mais de 17 anos, Mauro Zaque, um dos 4 nomes que disputam o cargo máximo do Ministério Público Estadual (MPE), tem uma avaliação particular sobre a distribuição dos recursos do governo do estado aos poderes constituídos. Para o promotor, diante da proposta de mudança representada pela eleição do senador Pedro Taques (PDT), o MPE terá papel decisivo no combate à corrupção no estado. Por essa ótica, ao contrário do discurso de apertar os cintos, ele defende o aumento no orçamento do poder.
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Mauro Zaque quer aproximar MP da sociedade e propõe gestão participativa
“O MPE é um dos instrumentos mais eficazes que o Estado tem hoje no combate à corrupção, tenho certeza que o governador Pedro Taques vai saber gerir as dificuldades da melhor forma possível. Não preocupa esse ‘Pacto por Mato Gross’, pois o orçamento do MPE é um dos mais tímidos das instituições do Estado. Compreendo que ele pode estar herdando um Estado com dificuldades financeiras, mas tenho certeza que o governador terá sensibilidade e vai pensar no combate à corrupção, sabendo que o MPE trabalhar para proteger os interesses da sociedade”, avaliou o promotor.
Zaque afirmou que o poder público tem perdido o controle da corrupção, gerando grandes prejuízos aos cofres públicos. “Quando a corrupção foge ao controle o estado não consegue avançar, não consegue caminhar, Mato Grosso vem sofrendo problemas sérios com a corrupção, com desvios de verba e investimentos em obras que não se concretizam ou se concretizam com uma qualidade questionável, duvidosa”, disparou o candidato a procurador geral do Estado.
Último nome a entrar na briga pelo comando do MPE, Zaque opinou que o momento de mudança precisa contagiar o poder, abrindo espaço para novos modelos de gestão. Ele ressaltou que o modelo atual, sob o comando do procurador geral do Estado, Paulo Prado, que busca o seu 4 mandato, tem seus ganhos, porém está obsoleto.
“Existe um clamor de mudança no Brasil. Em Mato Grosso vimos na eleição de governador que a população disse com todas as letras, a plenos pulmões, que queria e esperava mudança, isso não é diferente no MPE. Essa administração já vem de algum tempo, tem seus méritos, mas é chegada a hora de mudança, é preciso oxigenar, novos ventos precisam soprar. É baseado nesse sentimento que a minha candidatura é viável”, defendeu o promotor.
Mauro Zaque não pertence ao grupo que administra o poder hoje, avalia que o Ministério Público se afastou da sociedade nos últimos anos, mas garante que sua candidatura não é de oposição. “Minha candidatura é de opinião e inclusão. Uma candidatura que tem opinião própria, que visa fortalecer a classe, trazer a classe para a tomada de decisões. Temos novas matizes de pensamento, novas ideias para trabalhar a aproximação do MP com a sociedade e com as demais instituições”, ponderou.
O candidato afirmou que o procurador geral do Estado precisa imprimir uma posição de protagonismo nos temas importantes para o estado. Ao expor suas propostas, Zaque ressaltou que a prioridade do MPE é traçar um planejamento estratégico para otimizar e aplicar melhor os recursos.
Entre suas principais propostas está a interiorização do Centro de Apoio Operacional (CAOP), que oferece suporte completo para os promotores. Hoje existe apenas a unidade da capital. “O CAOP funciona muito bem na capital, mas é incapaz de atender a demanda do estado todo, precisamos criar mais CAOPs, ampliando o suporte ao colega que está no interior. E se não tivermos orçamento para isso, temos que buscar outros meios. Eu tenho certeza que a sociedade está aberta para ajudar, mas o MPE precisa se aproximar”, pontuou Zaque.
