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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

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SODOMA

Delegado de comitê criado por Taques nega "prestação de contas" sobre prisões de políticos

22 Ago 2016 - 13:50

Da Redação - Lázaro Thor Borges/Reportagem Local - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Paulo Victor Fanaia

Delegado Márcio Moreno Vera

Delegado Márcio Moreno Vera

Serão ouvidos a partir das 13h30 desta segunda-feira, na Sétima Vara Criminal do Fórum da Capital, os delegados do órgão Especializado em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), Lindomar Aparecido Tófoli, Alexandra Mensch Fachone e Márcio Moreno Vera.

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Eles são responsáveis pela condução das investigações da “Operação Sodoma” e a elaboração do inquérito que denuncia o esquema de fraudes, cobrança de propinas e lavagem de dinheiro.

Os fatos levantados pela operação apontam que o ex-governador Silval Barbosa, no posto de líder da organização criminosa, moldou o Poder Executivo para que agentes públicos praticassem crimes de concussão, fraude a licitação, corrupção passiva, fraude processual, lavagem de dinheiro e extorsão.
 
Foram denunciados pela Sodoma, além de Silval: o ex-prefeito de Várzea Grande, Wallace dos Santos Guimarães; os ex-secretários de Estado, Marcel de Cursi, Pedro Jamil Nadaf, José Jesus Nunes Cordeiro, César Roberto Zílio e Pedro Elias Domingues; o filho do ex-governador, Rodrigo da Cunha Barbosa; o ex-deputado estadual José Geraldo Riva; Silvio Cezar Correa Araújo, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, Karla Cecília de Oliveira, Tiago Vieira de Souza, Fábio Drumond Formiga, Bruno Sampaio Saldanha, Antonio Roni de Liz e Evandro Gustavo Pontes da Silva.

Acompanhe:

19h50-
Relata o advogado que houve uma acareação entre César Zilio e José da Costa Marques, o arquiteto responsável pela construção da casa de Zílio. Lá a Defaz teria chegado a conclusão de que não houve ciência por parte do arquiteto da origem ilícita do dinheiro movimentado na compra da terra.

Revela agora que a Defaz aguarda o recebimento de dados pela Consignum para subsidiar a investigação relativa a obra da casa de César Zilio.

A defesa de Silvio César questiona se o delegado instaurou alguma investigação referente à atual gestão Estadual. Ele diz não saber, por serem muitas, mas acredita que sim.

Por fim, a defesa de Evandro Gustavo é a última a oferecer perguntas esta noite.

19h37- 
Questionado se a ação policial da Sodoma foi deflagrada pela Defaz ou pelo CIRA, o delegado não vê essa questão como relevante. "É mais uma questão de marketing", afirma.

Ele torna a explicar que na verdade o CIRA atua dentro da Defaz, sendo uma força tarefa que une MPE e policias.

19h30- 
A acusação contra Marcel de Cursi é a de participação no grupo criminoso, devendo então responder por tudo o que o grupo praticar. A defesa contesta se isso seria uma espécie de acusação coletiva. A pergunta foi indeferida. "A prática do Marcel está bem apontada no cunho probatório", afirma.

O delegado do CIRA neste momento confirma que a Secretaria de Segurança forneceu à João Batista Rosa o equipamento de gravação para colheita de provas. Investigadores seriam responsáveis pelo fornecimento.

Porém, o delegado não se lembra quem seriam os dois investigadores, mas arrisca dizer que um deles se chama "Itamar".

19h10- 
Neste momento a defesa de Rodrigo Barbosa lembra da oitiva de César Zilio quando firmada sua delação premiada. O delegado diz não se lembrar.

19h04- Agora quem presta depoimento é Márcio Moreno Vera. Diferente das outras testemunhas, este delegado atua no Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (CIRA). Ele inicia explicando que o órgão é na verdade uma metodologia de trabalho, voltado a questões tributárias e financeiras.

Questionado sobre à quem o órgão é subordinado, ele diz não ser à ninguém, nunca tendo prestado contas de seus serviços.

O CIRA foi o órgão responsável pela auditoria e obtenção de provas do suposto esquema investigado pela Operação Sodoma.

Segundo a defesa do ex-governador o decreto deu origem a um “órgão de exceção” por ter poderes de investigar as irregularidades do governo anterior. Os advogados já tentaram anular a Sodoma com base neste argumento.

18h40-
A delegada revela neste momento que foi instaurada uma investigado para apurar um suposto vazamento na imprensa de trechos da delação premiada de César Zilio.

18h38- 
A testemunha afirma que Sílvio César Côrrea Araújo não teve participação na compra do terreno para lavagem de dinheiro. Mas afirma que ele tinha conhecimento dos pagamentos de propina feitos pela Consignum à César Zilio. Sobre o uso de cheques da Consignum na construção da casa de César Zilio, a delegada revela que isso está sendo investigado.

17h15- 
A defesa de Silval Barbosa dialoga com a testemunha neste momento. Ela dá detalhes sobre a participação do ex- governador no esquema e o aponta como maior beneficiado das fraudes. Questionada se possui qualquer prova material das afirmações feitas, diz não ter certeza.

17h58
- A delegada diz neste momento que chegou a procurar o réu Bruno Saldanha para firmar um acordo de colaboração. Também afirma acreditar que ele não tem envolvimento no esquema de lavagem de dinheiro e que ele foi apenas envolvido no caso. Afirma, entretanto, não saber porque ele foi denunciado. Posteriormente, diz ser colega de faculdade do réu. 

17h45 - O advogado de Rodrigo Barbosa,  Bruno Alegria, manifesta neste momento que para ele é mais fácil compreender os fatos, pois só atua em ação referente à Sodoma 2, "e não na 1, nem na 3, nem na 4...", ironiza. A delegada rebate: "Ah, doutor, a gente está tão lá na frente...". O advogado retruca com outra ironia. "Mas a gente não tem como saber, só ficamos sabendo na hora do susto".

17h44
- Segundo Pedro Elias, lembra testemunha, cheques de propinas eram trocados em factoring pertencente ao dono da empresa Solução Cosméticos. Entretanto, segundo constatado pela defesa de Rodrigo Barbosa, essa informação não se encontra em nenhum inquérito.

17h37
- Sobre o que já foi levantado de provas contra Rodrigo Barbosa e Pedro Elias, a delegada se esquiva: "Isso ainda está sendo apurado".

Em relação a César Zilio e Willians Paulo Mischur, a testemunha diz que quando veio à tona a Sodoma 1, Zilio ficou preocupado com a possibilidade de a policia chegar até ele. Motivo pelo qual alteraram os contratos de compra.

17h33
- Ela admite neste que outras investigações estão em andamento neste momento referentes à pagamentos de propina por empresários à Rodrigo Barbosa.

"Assim que recebia o dinheiro da propina Pedro Elias ia ao apartamento de Rodrigo", afirma a testemunha. Lá o dinheiro era repassado e Rodrigo ficava com 10%, segundo Alexandra. 

17h26 -
Após o intervalo, inicia-se a oitiva da delegada Alexandra Mensch Fachone. Ela fala neste momento sobre as oitivas realizadas com Pedro Elias.A defesa pergunta especificidades sobre questionamentos feitos ao ex-secretário. 

"O Rodrigo foi quem colocou ele [Pedro Elias] para trabalhar na Casa Civil e pediu já desde o início que Pedro Elias fosse atrás dos empresários para cobrar propina"

16h25
- Neste momento final da oitiva, advogados insistem em perguntas sobre o funcionalmento do Cira. O delegado continua a afirmar que desconhece sobre o tema e as perguntas são indeferidas.

16h08 -
A defesa questiona se o pagamento de propina por Willians Paulo Mischur foi investigado nas ocasiões de contratos realizados em gestões anteriores e posteriores à gestão Silval. Lindomar limita-se a explicar que investigou apenas um caso específico.

16h05
- Ainda questionado pela defesa de Silval, quanto ao material probatório de culpabilidade do ex-governador, o delegado cita extratos bancários e publicações do Diário Oficial, ele procura deixar claro que as acusações não se limitam às palavras de César Zilio e Pedro Elias.

15h56 - 
A defesa de Silval Barbosa questiona o que ocorreu de importante que ocasionou, uma semana após decretada a prisão de Willians Paulo Mischur, para que fosse determinada a sua soltura. O delegado não responde.

15h23 - 
O delegado também esclarece que investigados que não possuem interesse em contribuir são ouvidas na sede do Defaz, enquanto que investigados interessados em admitir culpa são levados à esta sala que fica no MPE. A questão do Cira torna à pauta. O delegado novamente esclarece que o Cira compõe a Defaz.

Ele reitera que desconhece o Cira pois não faz parte deste órgão.Respondendo à pergunta, o delegado explica que apenas em determinados casos o Cira é acionado, e não todos. Principalmente casos que envolvem crime organizado.

15h17
– Em resposta a questionamentos feitos pela defesa de Silval, Lindomar diz não saber detalhes sobre a atuação da Defaz na colheita de provas e gravações feitas no escritório de João Batista Rosa. Neste caso, foi o próprio João Rosa que recebeu ajuda policial na instalação da aparelhagem de gravação em seu escritório. 

15h10 
- Com relação a César Zílio, Lindomar afirma que ao ouvir o arquiteto José da Costa Marques verificou que um cheque ilegal foi usado para que Zílio pagasse a construção de sua casa. José da Costa Marques foi supostamente usado por Zílio como "laranja" na compra de um terreno na Avenida Beira Rio (Leia mais sobre o caso aqui)

14h58 -
A testemunha diz que as informações dão conta de que Pedro Elias repassou dinheiro em espécie para Rodrigo Barbosa. Mas nega possuir documento apreendido que prove isso: "Até o momento do que foi analisado (...) ainda não", explica.

14h50 -
Especificamente sobre a prisão de Rodrigo Barbosa, diz que o pedido foi elaborado em conjunto entre os três delegados e que nela foi considerada a manifestação de Pedro Elias em sua delação premiada. Ele lembra-se que certa feita Pedro Elias disse tinha relação de amizade com Rodrigo Barbosa e que este negociava propina com empresário para beneficiar a ambos.

O delegado também lembra que, em sua delação, Pedro Elias sentia-se amedrontado por conta de documentos possuía em seu apartamento. Lindomar conta que o caso do roubo de documentos teria ocasionado a decretação de prisão de Rodrigo Barbosa (Leia mais sobre o caso aqui)

14h40
– O depoente conta sobre o Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira). O delegado explica que alguns membros do Cira atuam no cruzamento de informações bancárias e que a Defaz possui um espaço dentro do comitê.

14h38 -
A defesa de Rodrigo Barbosa passa a perguntar. Neste momento o delegado passa a falar sobre o exercício de sua profissão e faz reclamações sobre a falta de estrutura da Defaz.

"Infelizmente não temos a nossa estrutura. A gente não tem um local apropriado para oitiva de casos sensíveis como este. A Delegacia Fazendária não dispõe de uma segurança", reclama.

A delegado fala sobre a insegurança que a falta de estrutura causa ao delator ou ao investigado quando é necessário realizar uma oitiva. Segundo Lindomar, as condições não deixam o delator confortável a falar. Lindomar explica que hoje trabalha em um escritório dentro do MPE, sala que foi gentilmente cedida à Defaz

14h31 -
Nesse momento, a defesa de Wallace questiona qual seria precisamente a dívida de campanha que o ex-prefeito teria a quitar. O delegado diz não possuir informação especifica e explica que eles decidem o que fazem efetivamente com o dinheiro.

"Foi levantado dinheiro de uma forma ilegal. César Zilio foi procurado por Wallace para arranjar uma forma de conseguir dinheiro", afirma. 

Wallace teria dito para o próprio César Zilio que precisava de dinheiro para campanha, lembra o Delegado. O caso foi confirmado pelo próprio Zílio em delalção ao MPE. 

14h22 - Lindomar revela que o Estado teria pago R$ 2 milhões às duas empresas vinculados ao nome de Wallace Guimarães. “Isso chamou a atenção”, ele conta. E explica que o caso fez com que ele acreditasse que Wallace pudesse ter envolvimento no esquema. (Leia matéria sobre o caso aqui)

14h15-  Agora o delegado Lindomar passa a ser ouvido. A defesa de Wallace Guimarães inicia questionando sobre eventual "seletividade" nas acusações. O delegado nega qualquer seletividade e diz que a Defaz investiga apenas o que é possível no momento. 

"Verifiquei que um dos secretários em colaboração citou que Wallace teria vínculo comercial com estas duas pessoas da gráfica".

Ele explica que contou com as palavras do colaborador premiado para chegar a figura de Wallace. Em seguida explica que em se tratando de organização criminosa, "não se costuma deixar documentos e rastros". A defesa então questiona se se trata de mera presunção.

Ele não nega, nem concorda. Diz que foram levados em conta cheques usados na compra do terreno e as delações de César Zilio.

A questão do Déficit de Causalidade de fato surge, admite o delegado, que explica, entretanto, que constam em documentos de César Zilio que Wallace negociou valores com Silval Barbosa.

14h00- Mesmo com a chegada do delegado, Keyte Agnes Guimarães Rosa é a primeira testemunha a ser ouvida. Ela é sócia das três empresas de João Batista Rosa, delator da Sodoma. 

Keyte admite ter visto Marcel de Cursi e Pedro Nadaf em sua empresa. Ela era chefe administrativa do grupo.

13h40- No Fórum, o delegado do órgão Especializado em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), Lindomar Aparecido Tófoli, disse desconhecer o motivo pelo qual foi arrolado como defesa mas se posiciona disposto a esclarecer o que for questionado.






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