Olhar Jurídico

Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Notícias | Criminal

TJMT

Jornalista acusado de extorsão pede no TJMT retirada de tornozeleira

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Jornalista acusado de extorsão pede no TJMT retirada de tornozeleira
O jornalista Max Feitosa Milas, Acusado de extorquir políticos e empresários de Mato Grosso, requereu a retirada de sua tornozeleira eletrônica. O pedido, por meio de Habeas Corpus a Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, argumenta sobre um suposto lapso temporal em relação aos fatos descritos no processo.

Leia mais:
Justiça proíbe que Wilson Santos repita programa que liga Emanuel Pinheiro a casos de corrupção


A acusação de extorsão foi levantada pela “Operção Liberdade de Extorsão”. Entre as supostas vítimas do jornalista estão Silval Barbosa, ex-governador, e Pedro Nadaf, ex-secretário de Casa Civil. Segundo o Ministério Público, Max agia junto de Antônio Carlos Milas, Antônio Peres Pacheco, Haroldo Ribeiro, Maycon Feitosa Milas, e Naedson Martins da Silva.

Conforme os autos, os réus utilizavam a empresa Grupo Milas de Comunicação como suporte para a prática das extorsões. Constam como vítimas arroladas ao processo: o ex-governador, Silval da Cunha Barbosa; O ex-secretário de Casa Civil, Pedro Jamil Nadaf; José Ari de Almeida, Filinto Muller, Emmanuel de Araújo, Marilena Aparecida Ribeiro, Alla Exupery de Araujo, Leonardo da Silva Cruz, Pascoal Santullo, Sidnei Garcia e Willian Paulo Mischur.

A denúncia teve origem no Inquérito Policial instaurado pela Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Administração Pública, cujas investigações se originaram de ofício encaminhado pela prefeitura de Cuiabá, informando sobre suposta quebra de sigilo fiscal da empresa Stelmat Teleinformática Ltda.

Em análise ao Sistema de Gerenciamento de Arrecadação (GAT), constatou-se que o servidor Walmir Correa estaria realizando acessos indevidos ao sistema, com a finalidade de obter informações de diversas empresas, inclusive da Stelmat Teleinformática Ltda.

Encerradas as investigações, a autoridade policial apurou que havia um esquema criminoso enredado pelos denunciados, os quais, de posse das informações obtidas ilegalmente do banco de dados da prefeitura, praticavam o crime de extorsão contra empresários e políticos do Estado.

Antonio Carlos foi reconhecido como o líder do grupo, sendo ele, segundo o MPE, o responsável pela escolha das vítimas, bem como por marcar as reuniões. Os acusados Max e Maycon, ambos filhos de Antonio Carlos, eram os responsáveis pelas as pesquisas no sistema da prefeitura, nas quais utilizavam a credencial do servidor Walmir Correa. A extração das informações que seriam utilizadas para a extorsão também era esporadicamente praticada por Antonio Peres, Haroldo e Naedson.

Por sua vez, ainda segundo o MPE, Antonio Carlos, Max e Maycon eram os responsáveis pelas visitas às vítimas, nas quais eram apresentadas os documentos e posteriormente eram constrangidas a firmar contrato de aquisição de mídia ou ainda, efetuar pagamento de vantagem pecuniária a título de patrocínio para a empresa dos réus, sob a ameaça de divulgação das informações fiscais sigilosas nos veículos de comunicação pertencentes à família.

Problemas e internações

Max Feitosa foi internado, em agosto deste ano, após um “episódio depressivo grave sem sintomas psicóticos”. O Jornalista cumpriu tratamento no Centro de Reabilitação JKR, em Várzea Grande. Em consequência dos problemas de saúde, ele requereu o fim das medidas cautelares. O pedido, porém, foi negado.
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet