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OPERAÇÃO LIBERDADE DE EXTORSÃO

Jornalistas desistem de solicitar testemunho de juiz, Riva, Savi, ex-senador e primeira-dama do Estado

23 Jan 2017 - 09:51

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Sétima Vara Criminal

Sétima Vara Criminal

As defesas dos jornalistas Max Feitosa Milas e Antonio Carlos Milas De Oliveira, réus na ação penal oriunda da “Operação Liberdade de Extorsão”, desistiram de arrolar como testemunhas o ex-deputado José Geraldo Riva, o ex-senador Jayme Campos, o deputado Mauro Savi, a primeira dama Samira Martins e o juiz Flávio Miraglia Fernandes. Eles haviam sido inicialmente arrolados pela defesa na ação que tramita na Sétima Vara Criminal, da juíza Selma Rosane Arruda. As desistências foram homologadas no último dia 19.

Figuram como réus nesta ação penal: Antônio Carlos Milas De Oliveira, Antônio Peres Pacheco, Haroldo Ribeiro De Assunção, Maycon Feitosa Milas, Max Feitosa Milas e Naedson Martins Das Silva.

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Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), os réus utilizavam o “Grupo Milas de Comunicação” como suporte para a prática das extorsões. Constam dentre as vítimas arroladas ao processo: o ex-governador, Silval da Cunha Barbosa; O ex-secretário de Casa Civil, Pedro Jamil Nadaf; José Ari de Almeida, Filinto Muller, Emmanuel de Araújo, Marilena Aparecida Ribeiro, Alla Exupery de Araujo, Leonardo da Silva Cruz, Pascoal Santullo, Sidnei Garcia e Willian Paulo Mischur.

No último dia 18, testemunhas e vítimas foram ouvidas pela magistrada Selma Arruda, dentre elas Silval Barbosa, Pedro Nadaf e o ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes.

A denúncia teve origem no Inquérito Policial instaurado pela Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Administração Pública (Defaz), cujas investigações se originaram de ofício encaminhado pela Prefeitura de Cuiabá, informando sobre suposta quebra de sigilo fiscal da empresa Stelmat Teleinformática Ltda.

Em análise ao Sistema de Gerenciamento de Arrecadação (GAT), constatou-se que o servidor Walmir Correa estaria realizando acessos indevidos ao sistema, com a finalidade de obter informações de diversas empresas, inclusive da Stelmat Teleinformática Ltda.

Encerradas as investigações, a autoridade policial apurou que havia um esquema criminoso enredado pelos denunciados, os quais, de posse das informações obtidas ilegalmente do banco de dados da prefeitura, praticavam o crime de extorsão contra empresários e políticos do Estado.

Antonio Carlos foi reconhecido como o líder do grupo, sendo ele, segundo o MPE, o responsável pela escolha das vítimas, bem como por marcar as reuniões. Os acusados Max e Maycon, ambos filhos de Antonio Carlos, eram os responsáveis pelas as pesquisas no sistema da prefeitura, nas quais utilizavam a credencial do servidor Walmir Correa.  

Por sua vez, ainda segundo o MPE, Antonio Carlos, Max e Maycon eram os responsáveis pelas visitas às vítimas, nas quais eram apresentadas os documentos e posteriormente eram constrangidas a firmar contrato de aquisição de mídia ou ainda, efetuar pagamento de vantagem pecuniária a título de patrocínio para a empresa dos réus, sob a ameaça de divulgação das informações fiscais sigilosas nos veículos de comunicação pertencentes à família.
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