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AUSENTES NA PRÓXIMA AUDIÊNCIA

Justiça dispensa Eder e ex-Bic Banco de audiência contra sobrinho de Maggi acusado de lavar dinheiro

01 Jun 2016 - 11:55

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Justiça dispensa Eder e ex-Bic Banco de audiência contra sobrinho de Maggi acusado de lavar dinheiro
A Justiça Federal deferiu os pedidos do ex-superintendente do Bic Banco, Luis Carlos Cuzziol e do ex-secretário de Fazenda, Eder de Moraes Dias, de se ausentarem da próxima audiência, marcada para esta quinta-feira (02), em que figuram como testemunhas de Samuel Maggi Locks, réu da ação e sobrinho do Ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP). Eder e Cuzziol também figuram como réus em outras ações penais por conta da mesma operação, a “Ararath”.

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Na ação penal, encabeçada pelo magistrado Jeferson Schneider, da Quinta Vara Federal, serão ouvidas testemunhas de defesa, acusação e informantes. Na denúncia, o MPF detalha que o sobrinho de Maggi agia a mando de Eder Moraes para “lavar o dinheiro”.

De acordo com investigações, Samuel participou de um esquema criminoso que se valeu de um sistema financeiro paralelo (à margem do oficial), movimentando cifras milionárias para fins diversos, incluindo corrupção e financiamento ilegal de campanhas eleitorais.

A história de Luiz Cuzziol se cruza com a de Locks quando, segundo a acusação, este teria contraído empréstimo junto ao Bic Banco, repassando o dinheiro para o pagamento de dívidas da organização criminosa. Os empréstimos, depois, eram pagos por construtoras com parte do dinheiro recebido por serviços prestados ao Governo do Estado.

Entre os anos 2007 e 2008, a SML Comunicação, na época de propriedade de Samuel Maggi Locks, fez vários empréstimos no Bic Banco.

Em dois deles, nos valores de R$ 127 mil e de R$ 180 mil, a empresa deu como garantia ao banco valores que supostamente teria a receber do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Comunicação.

Como parte do suposto esquema de desvio de recursos públicos, o empréstimo da SML Comunicação foi pago diretamente ao Bic Banco pela Lince Construtora.

Enquanto secretário de Estado, Éder condicionou o pagamento dos créditos devidos à Construtora Lince pelos serviços prestados à administração pública ao compromisso da construtora de transferir parte do dinheiro recebido para empresas indicadas por ele.

A decisão pela ausência de Eder e Cuzziol na próxima audiência é datada de 31 de maio.
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