Olhar Jurídico

Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Notícias | Criminal

EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO

Pedido para afastar Selma parado desde 2015 é posto em pauta após desembargador declarar impedimento

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Pedido para afastar Selma parado desde 2015 é posto em pauta após desembargador declarar impedimento
O desembargador Pedro Sakamoto, da Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, incluiu em pauta para julgamento na próxima quarta-feira (27) um pedido de afastamento protocolizado pela ex-primeira-dama do estado, Roseli Barbosa, contra a magistrada Selma Rosane Arruda, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá. A exceção de suspeição aguardava exame desde novembro de 2015.

Leia mais:

Juíza intima servidor da Casa Civil para explicar decreto que beneficiou delator da Sodoma


A inclusão em pauta foi divulgada aproximadamente uma semana após Rondon Bassil Dower Filho declar-se impedido de julgar o recurso. Leonardo Moro Bassil Dower, filho do desembargador, atua como advogado do caso.

Conforme os autos, Roseli afirma que Selma Rosane violou dispositivos da lei de delação premiada ao homologar a colaboração do empresário Paulo Cesar Lemes, perdendo a capacidade de processar e julgar a ação com a devida imparcialidade.

Roseli Barbosa foi presa preventivamente no dia 20 de agosto, em São Paulo, durante a Operação Ouro de Tolo, um desdobramento da Operação Arqueiro, responsável por investigar um esquema de corrupção na Secretaria Estadual de Trabalho e Assistência Social (Setas), que teria lesado dos cofres públicos cerca de R$ 8 milhões, supostamente liderado pela ex-primeira-dama de Mato Grosso. Além de Atuar no caso contra a ex-primeira-dama, Selma também determinou a detenção de Silval Barbosa, ex governador.

Todo o esquema teria acontecido entre 2012 e 2013, durante a gestão de Roseli. A Setas teria contratado a empresa Microlins e os Institutos de Desenvolvimento Humano (IDH/MT) para executar programas sociais referentes ao “Qualifica Mato Grosso”, “Copa em Ação”, entre outros através do uso de “laranjas”.

O MPE narra um plano de desvio de verbas públicas, que seria encabeçado pelo empresário Paulo César Lemes, responsável pela delação premiada, o qual teria forjado a criação de institutos sem fins lucrativos “de fachada”, visando burlar a legislação e contratar diretamente com a Administração Pública, sem necessidade de concorrer em licitação.
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet