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OPERAÇÃO SODOMA 2

Réu confesso, Nadaf tem interrogatório adiantado e poderá deixar cadeia após quase um ano no dia 29

19 Ago 2016 - 11:15

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Paulo Victor Fanaia Teixeira / Olhar Direto

Pedro Nadaf e seu advogado, Khalil

Pedro Nadaf e seu advogado, Khalil

A juíza da Sétima Vara Criminal, Selma Rosane Arruda, marcou para o dia 29 desde mês o interrogatório com o ex-chefe da Casa Civil, Pedro Jamil Nadaf. Desta vez, por conta da ação penal oriunda da “Operação Sodoma 2”. Sua audiência foi redesignada para data mais próxima tendo em vista a postura do réu em contribuir com a justiça, confessando  nvolvimento no esquema de lavagem de dinheiro. O que lhe permitirá ter pedido de liberdade apreciado após o feito. A audiência é aguardada por conta das novas confissões que Nadaf poderá fazer. Semelhante à audiência realizada com ele no último dia 15, quando reinterrogado pela “Sodoma 1”.

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No último dia 15, Pedro Jamil Nadaf foi claro em sua confissão à juíza Selma Arruda: “Eu fiz parte de uma organização criminosa que roubou os cofres públicos”. O réu aproveitou ainda para pedir desculpas à justiça por ter mentido quando interrogado pela primeira mês nos autos da “Operação Sodoma 1”. “Hoje está fazendo exatamente 11 meses que eu estou preso”, disse, acrescentou, “isto me trouxe muito arrependimento pelo que fiz contra o Estado. Estou muito arrependido” e prometeu: “Eu peço desculpas ao povo mato-grossense”. A partir de agora em todos os processos eu vou assumir a culpa”.

No que tange a “Sodoma 1”, apontou todos que fizeram parte do esquema com ele. Com relação à ação penal da segunda fase, a postura não deve ser diferente. Conforme explica seu advogado de defesa, William Khalil. “Essa será a postura de Pedro Nadaf, assumir tudo o que cometeu e se defender sobre aquilo que não cometeu”. A decisão vale tanto para as ações da “Sodoma” quanto a da “Seven”, em que o ex-chefe da Casa Civil também é acusado.

Já na ocasião da última segunda-feira (15), quando encerrado o interrogatório. A defesa de Nadaf solicitou liberdade ao cliente por considerar ausência de comportamento de risco e interesse em contribuir com a justiça e ressarcir o erário.O MPE, no entanto, considerou o pedido inapropriado, uma vez que ele não está preso preventivamente somente por conta da ação penal da "Sodoma 1". A juíza concordou com a promotora Ana Cristina Bardusco e considerou que o pedido deva ser feito após o interrogatório da "Sodoma 2".

Na segunda fase da “Operação Sodoma”, deflagrada no dia 11 de março de 2016, foi descoberta a lavagem de R$ 13 milhões na aquisição de um terreno na Avenida Beira Rio, próxima a casa de shows Musiva, que teria sido quitado com cheques provenientes de propina pagas por empresas (beneficiados com incentivos fiscais) ao Poder Executivo.

A compra foi feita, segundo o Ministério Público Estadual (MPE), pelo ex-secretário de Administração César Zílio, que teria usado o pai falecido e um arquiteto como “laranjas” na transação.

Foram denunciados: o ex-governador, Silva da Cunha Barbosa; o ex-prefeito de Várzea Grande, Wallace dos Santos Guimarães; os ex-secretários de Estado, Marcel de Cursi, Pedro Jamil Nadaf, José Jesus Nunes Cordeiro, César Roberto Zílio e Pedro Elias Domingues; o filho do ex-governador, Rodrigo da Cunha Barbosa; o ex-deputado estadual José Geraldo Riva; Silvio Cezar Correa Araújo, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, Karla Cecília de Oliveira, Tiago Vieira de Souza, Fábio Drumond Formiga, Bruno Sampaio Saldanha, Antonio Roni de Liz e Evandro Gustavo Pontes da Silva.
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