Mario Nicolau Schorr, um dos réus do crime conhecido como “chacina de Matupá”, foi absolvido em um júri popular realizado no dia 18 de abril. O suspeito de cometer o crime chamou atenção após arrolar o ex-governado Silval Barbosa como testemunha de defesa.

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“Em obediência à soberania dos vereditos emanados do nobre Conselho de Sentença, julgo improcedente a ação penal vertida pelo Ministério Público Estadual, para, com fulcro no art. 386, VI, do CPP, absolver o réu Mario Nicolau Schorr do crime que lhe foi imputado”, saliente decisão pelo Juiz Presidente do Tribunal do Juri, Fabio Petengill.

Mesmo sendo arrolado, Silval Barbosa foi dispensado pela Justiça. O político está preso em Cuiabá em sua transferência, para prestar testemunho, foi considerada inviável.

Pela chacina, conforme os autos, 18 homens, civis e policiais militares, foram acusados de participação nas mortes de Ivacir Garcia dos Santos, 31, Arci Garcia dos Santos, 28, e Osvaldo José Bachinan, 32, em novembro de 1990.

Os três foram espancados e queimados vivos em praça pública, após uma tentativa de assalto, em que invadiram uma residência e mantiveram mulheres e crianças reféns por mais de 15 horas.

Na ocasião, a Polícia Militar foi acionada e os assaltantes se renderam. No entanto, eles foram capturados pelos populares e mortos.

A ação foi registrada por um cinegrafista e as imagens repercutiram em todo o mundo. Em outubro de 2011, em razão do grande número de réus, o juiz titular da comarca determinou o desmembramento do processo e marcou quatro sessões para a realização do júri popular.

No momento do júri, Mario Nicolau Schorr foi condenado a quatro anos e oito meses de reclusão, em regime semi-aberto. Porém, após recurso no Tribunal de Justiça, o julgamento foi anulado.