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OPERAÇÃO ARARATH

MPF pede arquivamento de inquérito da Ararath contra Blairo Maggi; para Janot, faltam indícios

06 Mai 2016 - 11:55

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Reprodução

Blairo Maggi é o mais recente nome a compor o rol de arquivados da Ararath.

Blairo Maggi é o mais recente nome a compor o rol de arquivados da Ararath.

O Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, pediu o arquivamento do inquérito policial sigiloso realizado contra o senador Blairo Maggi (PR-MT), relativo às investigações da “Operação Ararath”. A determinação foi recebida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, relator do caso. O senador foi acusado de participação em um esquema de “compra” de vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE) usando recursos públicos.

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As investigações da Ararath versam sobre um rombo de aproximadamente R$ 500 milhões dos cofres públicos de Mato Grosso, além de crimes de "lavagem de dinheiro" e ocultação de bens, cometidos entre 2008 e 2012 para o ‘financiamento’ de interesses políticos no Estado. Uma lista apreendida pela PF aponta que pelo menos 70 empresas utilizaram ‘recursos’ oriundos de esquemas fraudulentos de empréstimos.

Blairo Maggi é o mais recente nome a compor o rol de arquivados da Ararath. Junto a ele figuram o procurador-geral de Justiça Paulo Prado e do Promotor de Justiça Marcos Regenold que tiveram arquivamentos decretados em 14 de abril.

Rodrigo Janot, entretanto, considerou a ausência de indícios contra Blairo Maggi para sua decisão. Consta da decisão que “não acarreta a ausência de materialidade, tampouco de autoria em relação aos demais agentes aos quais se imputa o cometimento do mesmo delito de corrupção ativa e a correspondente corrupção passiva”.

Blairo Borges Maggi é formado em agronomia e chegou a ser considerado o maior produtor de soja do mundo. Ele assumiu um cargo político pela primeira vez em 1999, na condição de suplente, ao assumir o mandato do senador Jonas Pinheiro que foi afastado por questões de saúde. Blairo foi governador do Estado pelo Partido Popular Socialista (PPS) duas vezes (2003-2007/ 2007-2011) e foi eleito senador em 2010 pelo Partido Republicano (PR). Maggi hoje segue como senador, a favor do impeachment de Dilma e é sondado para um Ministério na eventual presidência do peemedebista Michel Temer. 
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