"Esperança existe, mas na realidade não", afirmou ao
Olhar Jurídico a defesa do ex-vereador João Emanuel Moreira Lima, que já admite: ele deverá fechar o ano de 2016 atrás das grades do Centro de Custódia da Capital (CCC). Com cinco mandados de prisão em seu desfavor, João Emanuel foi preso no dia 26 de agosto deste ano, durante a “Operação Castelo de Areia”. Conforme os autos foram praticados golpes milionários por intermédio das empresas American Business Corporation Shares Brasil Ltda. e Soy Group Holdin America Ltda.
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Questionado sobre os pedidos de soltura do ex-vereador João Emanuel, o advogado Lázaro Roberto Moreira Lima esclarece. “Na verdade tínhamos feito vários pedidos de revogação de prisão preventiva, mas não tive intimação de nenhum, ainda, estão todos no Ministério Público Estadual (MPE). A única que ela negou que a gente saiba é na principal, que é a Castelo de Areia. Esta é ela negou mesmo, se não me engano no dia 29 (de novembro)”, esclarece.
“É meio estranho, pois na verdade são processos de 2012 e 2013 em que o João respondia em liberdade, não sei o porque, e há esse questionamento nos habeas corpus que a gente propõe, que ela pede a prisão da Castelo de Areia para estes processos antigos. Quer dizer, se você cometeu um crime agora vou prender você para trás, também”, questiona.
Sobre a situação jurídica do réu, o advogado faz uma breve balanço. “Ele segue cumprindo cinco dos cinco mandados de prisão, no Centro de Custódia da Capital (CCC), ele tem hoje um HC no Tribunal de Justiça (TJ) e um pedido de suspeição contra a magistrada”, conta.
Perguntado se João Emanuel encerrará o ano de 2016 atrás das grades, admite. “Infelizmente, não, quero dizer, esperança existe, mas (na) realidade não. É bem complicado, este é o sistema judiciário que a gente tem”, finaliza.
Operação Castelo de Areia:
A operação “Castelo de Areia”, foi deflagrada pela Polícia Civil no último dia 26, a para cumprimento de cinco mandados de prisão preventiva, sete buscas e apreensão e uma condução coercitiva. Entre os alvos está o ex-vereador e presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, João Emanuel Moreira Lima, acusado por aplicar golpes com contratos de até R$ 1 bilhão.
Foram denunciados: o ex-vereador João Emanuel Moreira Lima; o juiz aposentado Irênio Lima Fernandes; os empresários Walter Dias Magalhães Júnior, Shirlei Aparecida Matsouka Arrabal e Marcelo de Melo Costa; o advogado Lázaro Roberto Moreira Lima; o contador Evandro José Goulart; e o comerciante Mauro Chen Guo Quin. O processo tramita na Vara Especializada Contra o Crime Organizado da Capital.
Referidas pessoas jurídicas atuavam, em tese, no ramo de mercado financeiro com a captação de recursos no exterior, cujas taxas de juros teriam, supostamente, valor inferior ao praticado no Brasil, atraindo, assim, o interesse de investidores, agricultores e empresários.
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