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Workshop conhece sistemas para acompanhar processo de execução penal

Agência CNJ de Notícias

Os sistemas eletrônicos de execução penal de São Paulo, de Fortaleza (CE), do Paraná, do Amazonas, do Amapá e do Distrito Federal foram apresentados aos participantes do Workshop Nacional dos Grupos de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (GMFs), realizado entre os dias 27/5 e 28/5, em Brasília. Os tribunais compartilharam interfaces dos sistemas desenvolvidos e as singularidades de suas plataformas de trabalho, como a organização de processos, o acesso rápido à informação e lembretes sobre a situação dos detentos e ainda o cronograma de audiências e benefícios. “A nossa proposta é o trabalho em conjunto. Vamos eliminar os entraves do processo jurídico. Todos ganharão com um sistema ágil e eficiente”, afirmou o juiz auxiliar da Presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Bráulio Gusmão, que presidiu a mesa de debates.

A necessidade de um sistema integrado que proporcione celeridade à Justiça gerou a plataforma do Escritório Digital, desenvolvido pelo CNJ em parceria com os tribunais e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). “Hoje temos um universo com 800 mil advogados e precisamos atendê-los. A ideia é potencializar ao máximo a usabilidade e a acessibilidade. Facilitando a vida do advogado, facilitamos para o Judiciário”, explicou Gusmão.

Quando finalizada, a nova plataforma integrará os sistemas processuais dos tribunais brasileiros e permitirá ao usuário externo uma porta única de acesso ao Judiciário. “Todos os sistemas passarão a trocar informações e será possível acesso em qualquer estado”, complementou o coordenador do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas (DMF), juiz Luís Geraldo Sant’Ana Lanfredi.

Experiências nos estados - Seis estados apresentaram seus modelos de plataforma. Em São Paulo, a ferramenta é denominada SAJPG5, que permite, dentre outras funções, a emissão de relatório do atestado de pena e a importação para o Processo de Execução Criminal (PEC) digital, disponível para consulta do executado e seu advogado.

Já o Projeto Controle de Execução Penal, do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), apresenta notificações automatizadas que indicam possibilidades de progressão de regime e a proximidade de vencimento do prazo legal para prisões provisórias. Hoje, o projeto está implantado em oito municípios do interior do Amazonas.

A plataforma do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) possui, entre outras peculiaridades, o marco para o cálculo de benefícios. O sistema entende, por exemplo, que uma fuga deverá ser definida como novo marco para prisão posterior. Ele ainda confronta a data das remições com a data de alguma progressão e discrimina qual período de remição já foi utilizado e qual está disponível para utilização em benefício seguinte.

As calculadoras de prescrição punitivas foram aperfeiçoadas e outras desenvolvidas no Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR). O Projudi permite que o advogado ou defensor público tenham acesso ao processo a qualquer momento, realize e acompanhe as petições enviadas por eles, obtenham cálculos e datas de requisitos temporais de progressão, livramento e término de pena.

Já os dados estatísticos em tempo real é uma das peculiaridades do Sistema de Automação da Justiça (SAJ) criado pelo Tribunal de Justiça Ceará (TJCE). Nele, é possível checar ainda a produtividade da secretaria e do juiz ou juíza do estado.

O Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP) foi o último a se apresentar e mostrou o sistema denominado “Tucujuris” que cria a carta guia da Vara Criminal, em que o acesso às informações sobre presos e ao resumo de eventos prisionais, como trabalho, estudo, fugas, é realizado de maneira rápida e em poucos cliques.
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