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Apartamento duplex e outros imóveis de Roseli e Silval são sequestrados pela Justiça

Da Redação - Flávia Borges

A juíza Selma Rosane de Arruda, da Sétima Vara Criminal, determinou o bloqueio do apartamento duplex, avaliado em mais de R$ 3 milhões, de aproximadamente 500 metros quadrados, onde a ex-secretária de Trabalho e Assistência Social (Setas), Roseli Barbosa, mora com o ex-governador Silval Barbosa, na região do Shopping Três Américas, uma das regiões mais valorizadas de Cuiabá.

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Conforme informações do jornal A Gazeta, por determinação da magistrada, foram seqüestrados ainda quatro lotes localizados em Matupá e outros três apartamentos em Cuiabá, sendo dois duplex. No total, são 38 imóveis bloqueados, entre apartamentos, casas e terrenos de nove pessoas envolvidas.

A medida foi solicitada pelos promotores e determinada pela magistrada e visa garantir o ressarcimento por parte dos envolvidos, caso haja condenação, dos valores supostamente desviados dos cofres públicos com fraudes em convênios entre a Setas e instituições de ensino.

Roseli Barbosa foi presa preventivamente na tarde da última quinta-feira (20), em São Paulo, durante a Operação Ouro de Tolo, um desdobramento da Operação Arqueiro, responsável por investigar um esquema de corrupção na Secretaria Estadual de Trabalho e Assistência Social (Setas). Também sofreram detenção Nilson da Costa e Faria, Rodrigo de Marchi e Silvio Cezar Correa Araújo (Ex chefe de gabinete do então governador, Silval Barbosa). No total, 33 pessoas foram denunciadas pelo Gaeco.

Todo o esquema teria acontecido entre 2012 e 2013, durante a gestão de Roseli. A Setas teria contratado a empresa Microlins e os Institutos de Desenvolvimento Humano (IDH/MT) para executar programas sociais referentes ao “Qualifica Mato Grosso”, “Copa em Ação”, entre outros através do uso de “laranjas”. Na ação a qualidade desses cursos também é questionada.

O MPE narra um plano de desvio de verbas públicas, que seria encabeçado pelo denunciado Paulo César Lemes, o qual teria forjado a criação de institutos sem fins lucrativos “de fachada”, visando burlar a legislação e contratar diretamente com a Administração Pública, sem necessidade de concorrer em licitação.
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