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Ararath: preso preventivamente por duas vezes e condenado a 69 anos, Eder terá que explicar “laranjas”

Da Redação - Arthur Santos da Silva

O ex-secretário de Fazenda, Eder Moraes Dias, foi conduzido à Polícia Federal para prestar esclarecimentos sobre a suposta utilização de “laranjas” para atividades financeiras ilegais. A ocasião foi estabelecida durante a oitava fase da Operação Ararath. Pela mesma investigação, o político foi preso, preventivamente, por duas vezes, e condenado a 69 anos de prisão. Somadas as ocorrências, Moraes se estabelece como o nome mais acionado pela Justiça Federal.

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Nesta quarta-feira (25), agentes conduziram coercitivamente, além de Eder, a esposa dele, Laura Costa, dois servidores, sendo um da Secretaria de Estado de Fazenda (onde ele atuou como gestor) e um lotado da Polícia Militar, e uma parente do ex-secretário (ainda não identificado). Conforme a Polícia Federal, foi constatado um esquema, com a utilização de laranjas, para execução de atividades financeiras ilegais.

No primeiro momento que Moraes foi detido preventivamente, em 2014, o antigo secretário de Fazenda permaneceu em cárcere 82 dias, durante investigações da Ararath, e levado a Brasília, por ordem do Supremo Tribunal Federal, mais precisamente do ministro Dias Tofolli. A prisão foi estabelecida levando em conta a manutenção do correto andamento processual.

Já no dia 1º de abril de 2015 o político, foi preso pela segunda vez, em consequência da mesma operação. Na oportunidade, Eder foi acusado dede atuar com ‘laranjas’ para ocultar seu patrimônio. No dia 12 de agosto, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, concedeu liberdade, sendo determinado o emprego de medidas substitutivas à prisão, como a utilização de tornozeleira eletrônica.

Complementando o quadro de fatos, O ex-secretário foi condenado, no último dia 13 de novembro, a cumprir 69 anos, três meses de prisão em regime fechado e ainda ao pagamento de 1.404 dias multa. A decisão, do juiz Jeferson Schneider, da 5ª Vara da Justiça Federal de Mato Grosso, compreendeu os crimes de lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e operação de instuição financeira sem a devida autorização. A sentença foi a primeira, em sete ações proveniente da Operação Ararath. Moraes recebeu o direito de recorrer em liberdade.

Na condução coercitiva desta quarta-feira (25), Os depoimentos são prestados a delegada federal, Luciana Midon Campos da Luz. Já a investigação, segundo a Polícia Federal, é coordenada pela delegada Heloísa Alves de Albuquerque.

A investigação Ararath apura um esquema montado de lavagem de dinheiro e um sistema paralelo 'financeiro' com a única finalidade de 'abastecer' a determinado grupo político do Estado. A estimativa é que mais de R$ 500 mi foram movimentados pelo 'sistema' entre 2008 e 2012. Eder Moraes Dias seria o responsável por arquitetar e planejar as ações do grupo.
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