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Giovani Guizardi deixa o CCC para ser interrogado sobre esquema que prendeu Permínio Pinto

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

O empresário Giovani Guizardi será ouvido pelo Grupo de Atuação Especial em Combate ao Crime Organizado (Gaeco) às 14h desta quinta-feira (28).  Preso desde maio deste ano, ele é apontado como um dos principais articuladores do esquema de fraudes em licitações da Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc), quando desbaratada a “Operação Rêmora”.

Hoje,  Guizardi deverá prestar informações sobre a segunda fase da operação, a “Locus Delicti”, que aponta o ex-secretário tucano, Permínio Pinto, como “cérebro” do esquema criminoso e que executou sua prisão, no último dia 20.

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Giovani é acusado de compor o núcleo de empresários e de articular o esquema de pagamentos de propinas em obras da Seduc. Os valores variavam, segundo o Ministério Público Estadual (MPE), entre R$ 400 mil e R$ 3 milhões e o cartel seria formado por mais de 23 empresas que ganhavam contratos e licitações fraudadas junto a Secretaria. As licitações utilizadas pelo cartel ultrapassam o montante de R$ 56 milhões.

Nesta segunda fase, Guizardi ele é acusado de ter alugado uma sala comercial exclusivamente para realização das negociações junto a Permínio Pinto.

O ex-secretário Permínio Pinto, que gerenciou a pasta de janeiro de 2015 a maio de 2016, teria participado ativamente em reuniões para o esquema de fraudes em licitações de reformas escolares. Conforme divulgado pelo MPE, na segunda fase da Rêmora, denominada "Locus Delicti", Permínio compareceu ao escritório mantido pelos empresários descritos como membros do suposto cartel.

O interrogatório do Gaeco faz parte de uma rodada de oitivas realizada esta semana com nove empresários e servidores da pasta. Os depoimentos irão subsidiar as investigações da recém-deflagrada operação “Locus Delicti”. O próprio ex-secretário foi ouvido na última quarta-feira (27).
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