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Chefe do Gaeco afirma que enviou autos da Rêmora para PGR investigar suspeitos com foro privilegiado

Da Redação - Jardel P. Arruda/Da Reportagem Local - Laise lucatelli

O chefe do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), promotor Marco Aurélio, afirmou que enviou todos os autos da Operação Rêmora para a Procuradoria Geral da República (PGR), para a instituição decidir como proceder investigações contra os citados pelo delator Giovanni Guizardi no esquema que possuem foro privilegiado.

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“Temos uma remessa a PGR. O procurador-geral da República [Rodrigo Janot], ele que dá os encaminhamentos”, afirmou Marco Aurélio, antes do início da palestra do juiz Sérgio Moro, realizada em Cuiabá na segunda-feira (06).

Na delação premiada, o empreiteiro Gioavani Guizardi afirma ser operador de um esquema criado para desviar dinheiro de reformas e construção de escolas públicas a fim de quitar dívidas do caixa 2 da campanha eleitoral do governador Pedro Taques (PSDB) de 2014. O deputado federal Nilson Leitão (PSDB) e o deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB) seriam membros do núcleo do esquema, segundo o delator.

Ao ser questionado sobre uma possível investigações de caixa 2, Marco Aurélio resumiu que o material relativo a quem possui foro é enviado para instâncias superiores. “O Gaeco só cuida da parte das pessoas que não têm foro. Essas delações, se amanhã ou depois, falar de alguém que tem foro, será recortada na instância correta”, explicou o promotor.

Ainda segundo a delação de Guizardi, esse esquema funcionaria desde gestões anteriores, quando a Secretaria de Estado de Educação era comandada pelo deputado federal Ságuas Moraes (PT). Entretanto, o chefe do Gaeco afirmou que caberá a PGR definir como serão conduzidas as investigações.

“O que ele nos trouxe da delação foi remetido a PGR. Não sei qual vai ser o foco da PGR, se vai atuar contra deputado A, deputado B. Encaminhamos todos os autos da investigação a PGR”, concluiu.
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