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Nova defesa de Silval descarta confissão e critica falta de provas do MPE: "imputação feita ao ex-governador é omissa"

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Ao que tudo indica a nova equipe de defesa do ex-governador do Estado Silval da Cunha Barbosa, representada pelos advogados Délio Lins e Silva e Délio Lins e Silva Júnior, deverá manter a tese de inocência do acusado. Segundo as primeiras manifestações juntadas aos autos da “Operação Sodoma 5” no último dia 11, Silval critica a produção de provas do Ministério Público Estadual (MPE). Até o momento nenhum acordo de colaboração premiada foi firmado. O réu deverá ser ouvido somente no dia 06 de julho.

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“É perceptível que o acusado foi alçado à categoria de réu nessa desgastante senda processual somente por ostentar condição de Governador do Estado de Mato Grosso, na época em que os fatos ocorreram”, inicia a defesa de Délio Lins.

Adiante, critica a defesa que não houve na denúncia a individualização das condutas imputadas a cada suposto membro da organização criminosa, o que fere a legalidade e impede que sejam os réus responsabilizados penalmente por seus atos.  “A imputação penal feita contra o ex-governador Silval Barbosa é omissa e, por isso, não pode ser recebida em sua totalidade”, afirma.

“Ante o exposto, em vista das peculiaridades que permeiam o caso concreto e em decorrência da impossibilidade jurídica, nesta quadra do processo, de rebater todas as imputações lançadas no bojo da inicial aviada pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, sem necessidade de instrução, consigna-se, na oportunidade, que os fatos narrados não condizem em toda sua abrangência com a realidade, o que, no entanto, será provado no decorrer do processo penal em juízo, sob o manto do contraditório e da ampla defesa”, finaliza.
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