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Juiz recebe denúncia contra homem que matou estudante de Direito a tijoladas

Da Redação - Lázaro Thor Borges

Menos de um mês depois da estudante de direito Dineia Batista Rosa, de 35 anos, ser assassinada brutalmente pelo ex-namorado, o juiz Jeverson Quintero recebeu, no dia 8 deste mês, a denúncia formulada pelo Ministério Público Estadual contra o assassino Wellingthon Fabrício Amorim Couto, que confessou o crime.

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Wellingthon, de 34 anos, estrangulou Dineia com um fio elétrico e deferiu golpes de tijolo em sua cabeça até a morte. O crime ocorreu no dia 22 de maio deste ano. Mais tarde, soube-se que o assassino possuía um mandado de prisão em aberto há mais de cinquenta dias antes do crime, que mesmo assim não foi cumprido.

Na decisão de recebimento da denúncia o juiz responsável pediu mais informações sobre os antecedentes criminais do réu, além de proceder com a notificação de Wellingthon, que atualmente está preso no Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), a Cadeia Pública do bairro Carumbé.

Na última terça-feira (13), Wellingthon foi notificado pelo Oficial da Justiça sobre a denúncia. A sua defesa deve ser feita por um defensor público criminal, já que ele alegou não “não poder” contratar um advogado particular.

Morosidade e omissão

A vítima Dineia foi até o Ministério Público denunciar o ex-namorado dois meses antes do crime, no dia 23 de março. Ela obteve o benefício das medidas judiciais protetivas contra Wellingthon. Em uma segunda oportunidade, a estudante voltou a denunciar as ameaças e as perseguições que vinha sofrendo. Foi quando um mandado foi expedido, mas não foi cumprido.

Segundo informações da Polícia, do Ministério Público e do Tribunal de Justiça, a lentidão na tramitação no sistema do “Banco de Mandados” permitiu que Wellingthon saísse impune, além de um erro na grafia no nome do acusado. Apenas no dia crime, no dia 22 de maio, quando a vítima já estava morta, é que a polícia conseguiu prendê-lo.

Na ocasião, Wellinthon cumpria prisão por outro feminícidio cometido por ele há oito anos atrás. Mesmo com mandado em aberto, ele conseguiu ir até o Fórum da Capital e receber o direito de progressão natural de pena da Justiça, quando pode cumprir prisão no regime aberto e sem o uso da tornozeleira eletrônica. 
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