Imprimir

Notícias / Criminal

Silval confessa ter recebido mais de R$ 7 milhões de propina em 30 meses; veja como foi

Da Redação - Wesley Santiago/ Da Reportagem Local - Arthur Santos da Silva

A magistrada Selma Rosane Arruda, da Sétima Vara Criminal, reinterrogou nesta segunda-feira (17) o ex-governador Silval da Cunha Barbosa. O ato foi praticado em uma ação penal proveniente de um desdobramento da primeira fase da Operação Sodoma. Silval foi novamente interrogado, pois adotou postura de confessar crimes e colaborar com a Justiça.
 
Leia Mais:
Juíza marca audiência em ação contra ex-governador e ex-presidente da OAB-MT por desvios de R$ 7 mi

No caso, Ministério Público do Estado de Mato Grosso, por meio da 14ª Promotoria Criminal de Cuiabá, ofereceu denúncia relacionada aos desdobramentos da Sodoma, arrolando como réus, ao todo, 17 pessoas.
 
Entre os crimes praticados estão: concussão, extorsão, lavagem de dinheiro, fraude processual, constituição de organização criminosa, fraude à licitação e corrupção passiva e ativa.

De acordo com a denúncia, protocolada no dia 12 de abril de 2016, as investigações trouxeram novos nomes e revelaram outro “modus operandi”, que consistiu na exigência e/ou recebimento de vantagem indevida de fornecedores do Estado. 

Na primeira fase da operação Sodoma, conforme o MPE, cinco pessoas foram denunciadas. As fraudes referiam-se à concessão e fruição de benefício fiscal do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic), no período de 2011 a 2015, no âmbito do Poder Executivo do Estado de Mato Grosso.

Confira a audiência em tempo real:

17h36 - Termina o depoimento de Sílvio Cesar.

17h24 - Sílvio Cesar confirma que existia uma organização criminosa no Governo de Mato Grosso.

17h21 - O ex-chefe de Gabinete afirma que nunca ameaçou César Zílio e nem Pedro Elias. Disse que fez um comentário genérico a Pedro Nadaf, afirmando que delator tem que morrer. Porém, diz que não tem intenção de matar ninguém: "Foi um comentário muito idiota".

17h17 - Sílvio conta que o ex-presidente da ALMT, José Riva, ia bastante ao gabinete no palácio Paiaguás. "Fiquei sabendo nas conversas de gabinete que o Silval tinha passado o processo dos consignados para o Riva".

17h02 - O depoimento continua, com algumas perguntas repetidas sendo feitas.

16h54 - Os R$ 600 mil, Silvio conta que teria recebido de Pedro Elias e que o valor logo foi repassado para Silval Barbosa. O montante era referente aos atrasos nos pagamentos mensais de propinas.

16h52 - O ex-chefe de gabinete afirma que desconhece as transações com gráficas e a compra do terreno na avenida Beira Rio, em Cuiabá.

16h50 - Silvio ainda explica que participou de uma reunião organizada por Cesar Zílio para tratar do aumento da propina paga pela Consignum. Ele garante não ter recebido valores, apenas uma única vez, em que pegou uma sacola com R$ 600 mil que foi repassada ao ex-governador, em seu gabinete.

16h48 - O ex-chefe de gabinete de Silval, Silvio Cézar, inicia afirmando que as denúncias são verdadeiras e comenta que foi procurado pela empresa WebTech. Além disto, também confirma o que foi dito pelo ex-governador, de que Rodrigo Barbosa tratou sobre este caso.

16h42 - Começa o depoimento de Sílvio Cézar.



16h38 - O advogado de Silval Barbosa, Délio Lins e Silva Júnior, disse na saída que seu cliente não tem a intenção de tentar revogar a prisão domiciliar, ao menos por enquanto. A defesa avalia que isto poderia prejudicar a imagem do ex-governador. Silval tem como domicílio todo o prédio onde mora e isso inclui as partes comuns.

16h30 - Em instantes, Sílvio Cezar irá depor sobre o caso.

16h29 - Veja o vídeo da saída do ex-governador:


16h24 - Termina o depoimento de Silval Barbosa.

16h22 - O depoimento de Silval Barbosa já dura mais de duas horas.

16h08 - Sobre o suposto acordo da Consignum com o governo sucessor dele, Silval disse que apenas relatou o que foi dito pelo dono da empresa e que não sabe se era verdadeiro. 

16h04 - Silval voltou a afirmar que não tem nenhuma dívida com José Riva. Porém, lembrou que comprou uma fazenda na cidade de Colniza, em sociedade com o ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).

15h52 - O ex-governador também afirma que nunca houve ameaças nas mesas de discussões da organização criminosa.

15h49 - Silval Barbosa responde ao MP que aproximadamente 30 meses de propinas foram pagos. Todos os meses, os valores atingiam cerca de R$ 240 mil, o que totaliza R$ 7,2 milhões de reais pagos a ele neste período. 

15h40 - Algumas das perguntas do Ministério Público se repetem as que a magistrada já havia feito.

15h36 - O ex-governador garante que só ficou sabendo da participação do filho no caso depois dos fatos já consumados.

15h30 - Silval explica que Silvio Cézar era seu piloto de avião e logo depois passou a ser chefe de gabinete.

15h26 - Após um pequeno problema com o dispositivo da gravação, o depoimento de Silval é reiniciado.

15h17 - Ao todo, segundo Silval Barbosa, foram quatro encontros dele com o empresário dono da Consignum.

15h14 - Silval esclarece que todos os valores eram recebidos em dinheiro. Os pagamentos eram feitos na casa dele e no gabinete do governador, em uma sala antes do banheiro, a qual somente ele tinha acesso.

15h13 - O Ministério Público passa a formular perguntas.

15h12 - "É muita coisa, mas eu acho que terei a oportunidade de esclarecer o papel e função de cada um", completa o ex-governador.

15h10 - "Nadaf era de extrema confiança. Era o braço direito e esquerdo do governo para receber propina", comenta Silval.

15h09 - Silval ainda alega que muitos membros da organização agiam sem autorização: "Depois eles se sentem no direito de fazer sozinho".

15h07 - "Eu liderava um processo para resolver os problemas que eu tinha", diz Silval ao confessar que era o líder de uma organização criminosa.

15h05 - Silval explica que a destinação de verbas, quase em sua totalidade, foi utilizado para pagar dividas de campanha. Porém, prefere dar detalhes sobre isto em outra oportunidade.

15h02 - O ex-governador também citou irregularidades em um contrato com a Web Tech e que seu filho, Rodrigo Barbosa, teria recebido vantagens desta empresa. Ele ainda garante que não recebeu nada neste caso. Rodrigo teria recebido R$ 400 mil.

14h58 - Silval explica que a denúncia deverá ser dividida nestes dois pontos: primeiro a Consignum e depois o caso de Wallace. 

14h55 - O ex-governador diz que era feita produção de material gráfico para o estado e também simulação de comrpas para desvio de dinheiro. Com isto, conseguiram arrecadar R$ 1 milhão. Várias gráficas foram cadastradas para executar o serviço: "Eu autorizei fazer e foi feito".

14h52 - Silval Barbosa acrescenta que Wallace Guimarães era um amigo e que em 2012 o teria procurado no Palácio Paiaguás pedindo ajuda financeira para concluir a campanha. O ex-prefeito de Várzea Grande teria utilizado gráficas para desviar dinheiro.

14h49 - Neste caso específico, Silval afirma que Nadaf não possuía participação. Marcel de Cursi, Chico Lima, Carla Cecília e Rodrigo Barbosa, filho do ex-governador, também não. 

14h48 - O ex-governador acrescenta que a vantagem da Consignum era um contrato estável com o Executivo e afirma que não sabia que Cesar Zílio dividia parte da propina com outras pessoas citadas na ação: "Eu tinha dois secretários de confiança: César Zilio e Pedro Nadaf".

14h46 - "Não havia nenhuma dívida pessoal entre mim e o Riva", disse Silval. Por fim, diz que foi fechado contrato com a Consignum e que existia uma guerra entre ele e a ALMT por conta do contrato.

14h43 - O ex-governador afirma que não devia nada a empresa e falou ao presidente da Consignum que a proposta de mudança partiu de José Riva para pagar as despesas de camapanha dele e da sua esposa, Janete Riva. 

14h41 - Silval ainda diz que se reuniu com o dono da Consignum na casa do seu irmão e que ele disse que a manutenção do contrato seria importante.

14h40 - Segundo Silval, o dono da Consignum disse que já havia costurado um acordo para que a empresa mantivesse o contrato com o próximo governo, que sucederia o ex-peemedebista.

14h39 - A Zeta participou da licitação e venceu. Porém, a Consignum obteve uma liminar para suspender o processo licitatório. 

14h36 - Silval ainda comenta que não tratava nada com o coronel Cordeio, que também é réu no caso e que na licitação, Riva apresentou a empresa Zeta Soft que disse que tinha condição de devolver R$ 1 milhão.

14h34 - Em 2013, Silval relata que o ex-deputado José Riva o procurou, dizendo que havia uma empresa para operar no lugar da Consignum: "Ele vinha com força de ser presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), vinha duro". Assim, o ex-governador autorizou que ele conversasse com Pedro Elias.

14h32 - Ainda em seu depoimento, Silval também garante que os empresários não eram forçados a pagar: "Pagavam porque levavam vantagem". 

14h30 - O ex-governador afirma que Silvio César Corrêa, que era seu chefe de gabinete, não sabia detalhes sobre o esquema e que nenhum dos secretários era obrigado a fazer nada: "Eles iam com o maior prazer".

14h26 - Silval conta que ficou acertado o pagamento de R$ 400 a R$ 450 mil reais e que Zilio levava de R$ 200 mil a R$ 240 mil para ele. O ex-governador confirma que fez nomeações para controlar os pagamentos legais da Secretaria de Fazenda (Sefaz) e que teve uma reunião com o advogado Francisco Faiad para conversar sobre as eleições de 2014.

14h23 - O ex-governador confessa que as denúncias contra ele são verdadeiras e alega que possuia muitas dividas de campanha. Sendo assim, chamou César Zilio para resolvê-las, por meio de caixa 2. Foi depois desta reunião que chegou-se a decisão de fazer um contrato com a empresa Consignum.

14h21 - "Depois de muitas reflexões durante preso, de cinco prisões, eu venho aqui e tenho a obrigação de retratar. Venho com uma outra postura. De falar de tudo que eu sei. Daquilo que eu participei e quem participou. A minha posição a partir de hoje é de confessar tudo", completa o ex-governador.

14h18 - "Hoje eu volto aqui na condição de réu confesso", dispara Silval no início da audiência.

14h16 - A juíza inicia a audiência. Silval Barbosa será o único interrogado.

13h34 - Responsável pela acusação formal, a promotora Ana Bardusco já encontra-se na sala de audiências da 7ª Vara Criminal. 

13h32 - O ex-prefeito da cidade de Várzea Grande, Walace Guimarães (PMDB), chegou há pouco e declarou que está tranquilo. Ele nega a acusação de ter repassado a quantia de R$ 2 milhões em R$ 2 milhões em propina ao grupo do ex-governador Silval Barbosa (PMDB).

13h29 - Apontado como “braço direito” de Silval, o ex-chefe de gabinete de Barbposa, Sílvio acaba de chegar ao Fórum de Cuiabá. Ele é acusado de integrar a suposta organização comandada por Silval para arrecadar propina em troca de incentivos fiscais. 

13h26 - Questionado sobre a autorização judicial para sair de casa (já que encontra- em prisão domiciliar), a defesa de Silval Barbosa afirma que ele não está negociando uma delação premiada. No último dia 5 de julho, Barbosa deixou seu apartameto no Jardim das Américas e se deslocou até à Superintendência da Polícia Federal e também até as sedes das Promotorias de Justiça. "A defesa não quer uma delação e disse que tem muita acusação... vários processos e várias acusações. Ele resolveu confessar o que tem, realmente, para afastar os excessos", asseverou Délio. 

13h21 - Ao Olhar Direto/Olhar Jurídico o advogado do ex-gestor, Délio Lins,afirmou que ele irá confessar os crimes nos quais tem participação.

13h10 - Silval Barbosa já está na sala de audiências.
 
Imprimir