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Inquérito do Gaeco apura participação de membros do TCE em crimes cometidos por grupo de Silval

Da Redação - Lázaro Thor Borges

Durante o depoimento do ex-governador Silval Barbosa nesta quarta-feira (19) a juíza Selma Rosane Arruda informou que um inquérito complementar aberto pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) apura se conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE) participaram dos crimes desmantelados pela Operação Seven, entre outros ilícitos comestidos pelo grupo liderado por Silval. 

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Trata-se de um desvio de R$ 7 milhões dos cofres públicos por meio da compra de um terreno de 727 hectares que pertencia ao médico Filinto Correa da Costa. A propriedade teria sido comprado duas vezes pelo Estado. Na audiência desta quarta, Silval Barbosa preferiu não detalhar o envolvimento de conselheiros do TCE, por se tratar de pessoas com prerrogativa de foro.

Em seguida, a juíza informou que pedirá um reinterrogatório  do ex-secretário Pedro Nadaf para também esclarecer sobre fatos semelhantes. Mas as defesas dos acusados pediram que a delação do ex-secretário fosse somente juntada aos autos, sem ser necessário um novo interrogatório.

Com a notícia de um novo inquérito, considerado ‘complementar’ por Selma Arruda, a expectativa é que conselheiros do TCE tenham seus nomes envolvidos pelos confessores de delatores do esquema. Até este ano, somente o ex- conselheiro Humberto Bosaipo teve o nome envolvido em esquemas semelhantes.

Em fevereiro deste ano, o conselheiro Sérgio Ricardo foi afastado do cargo este ano após decisão do juiz Aparecido Bertolucci Júnior, da Vara Especializada em Ação Civil Pública e Ação Popular. Ricardo é acusado de ter pago R$ 4 milhões pela vaga no TCE. 
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