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Notícias / Criminal

Servidores e diretores da Petrobras se uniram à Silval para desviar dinheiro de Mato Grosso

Da Redação - Lázaro Thor Borges

Um dos esquemas de desvio de dinheiro gerenciados durante o governo de Silval Barbosa teve a participação efetiva de diretores e servidores da Petrobras, é o que mostra um trecho do calhamaço da delação premiada assinada pelo ex-governador.

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Segundo Sival, a estatal foi procurada para participar de algumas obras de infraestrutura em Mato Grosso. Na prática, a Petrobras pagaria às empresas responsáveis pelo serviço e a estatal ficaria isenta de pagar ICMS ao governo estadual.

Depois de alguns encontros com diretores, o então adjunto da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra), Valdisio Viriato, foi procurado por servidores da Petrobras que condicionaram a execução do programa ao pagamento de propina.

A partir de então um acordo foi firmado entre a Petrobrás, os diretores das empresas e o grupo liderado por Silval. O valor total da propina era de 4 a 6% em cima do dinheiro repassado pela Petrobras às construtoras.   

Parte deste dinheiro era destinado aos servidores da estatal e a outra parte era recebida por Viriato, que repassava os valores ao próprio Silval Barbosa ou a Silvio César Corrêa Araújo, chefe de gabinete e comparsa do ex-governador.

Ao procurador Rodrigo Janot, Silval se comprometeu a retomar e recordar os nomes dos servidores e diretores da Petrobras que pediram propina para finalizar o programa. 
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