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Notícias / Criminal

MP investiga comandante acusado de manter prostíbulo e policiais que surravam moradores

Da Redação - Lázaro Thor Borges

Glayton Luz tinha se agachado para encontrar o sapato do seu sobrinho que havia caído no chão do Parque de Exposição de Gaúcha do Norte quando sentiu retumbar uma tapa na sua orelha. Sem entender o motivo, ele pediu desculpas enquanto o policial militar que o agrediu discutia. Tonto e em silêncio ele saiu do local.

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Glayton é só um entre as dezenas de vítimas da Polícia Militar de Gaúcha do Norte, onde o comandante da base local é acusado de manter um prostíbulo e um soldado seria dono de uma empresa de segurança particular. Na última segunda-feira (28), a promotora de justiça Solange Linhares Barbosa abriu um inquérito civil para investigar estas e outras denúncias anônimas encaminhadas à Promotoria de Justiça de Paranatinga.

Bruno Moraes de Carvalho, Leonardo Andrade Araújo, Mario Sergio Lima Gomes, Erik Bruno Costa Ferreira, Mario Lima Gomes e Enilson Adelino Dantas são seis dos nomes investigados pela promotora. Contra Erik pesa a maioria das acusações. Ele é o suposto responsável pelas agressões a Glayton. Já Enilson Adelino Dantas é o comandante acusado de manter a Toca da Coruja, casa de prostituição do município. 

Em outra ocasião Erik teria deferido chutes contra a condutora de uma motocicleta. Rafael Aparecido Chaves Soares, Thalis Leonardo Silva Souza, Isaura Martins Lopes também constam como vítimas de agressões e ofensas em diferentes datas e ocasiões.

As agressões variavam entre chutes, socos e cassetadas. A maior parte dos ataques também resultou de motivos fúteis: desde ciúmes porque a vítima supostamente flertou com a namorada do militar, até estacionar em local proibido, manter som alto fora de horário ou manobras arriscadas com motocicletas.  

As informações anônimas recebidas pela Promotoria deram detalhes de que Erik mantém uma empresa de segurança particular e prestar serviços em períodos de folga ou de expediente. Ele também é acusado de perseguir àqueles que não contratam seus serviços.
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