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Notícias / Criminal

Justiça autoriza que acusado pela Ararath de lavar dinheiro ao PMDB saia do Brasil

Da Redação - Arthur Santos da Silva

A Justiça Federal em Mato Grosso autorizou na última quarta-feira (09) viagem internacional a ser realizada por José Gonçalo Ribeiro de Miranda, réu numa ação da operação Ararath que julga crime de lavagem de dinheiro para tentar ocultar a destinação de R$ 1,1 milhão a pessoas ligadas ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB).
 
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José Gonçalo precisou da autorização do juízo para viajar entre os dias 11 de novembro e 19 de novembro. O país de destino não foi informado na decisão.

Conforme descritos nos autos, os advogados Alex e Kleber Tocantins (atualmente delatores premiados) combinaram o pagamento de propina com o secretário da Fazenda de Mato Grosso à época dos fatos, Éder de Moraes, para que o governo pagasse o precatório de R$ 19 milhões devidos à empresa Hidrapar.
 
O montante foi pago na conta corrente dos advogados e procuradores legais da empresa. Segundo o Ministério Público Federal, parte desse dinheiro tinha que chegar até pessoas ligadas ao PMDB.
 
Ainda segundo o MPF, para fazer a lavagem do dinheiro, o tesoureiro do PMDB, Carlos Roberto Miranda, com o auxílio de seus irmãos Edson Ribeiro de Miranda e José Gonçalo de Miranda, falsificou um contrato de gaveta simulando a venda de uma fazenda no município de Pontes e Lacerda para o escritório de advocacia Tocantins Advocacia S/A. Cerca de R$ 1,1 milhão foi limpo pela suposta venda do imóvel rural. 
 
Buscando pagar pela propriedade de existência física desconhecida pelos próprios contratantes, os irmãos e “novos” proprietários transferiram o dinheiro para a conta bancária da mãe de Carlos Roberto de Miranda.
 
 Assim o dinheiro ficou facilmente acessível para ser usado de acordo com os interesses do partido político que ele representava.
 
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