Notícias / Civil
Com dívidas de R$ 372 milhões, produtora de grãos de ex-prefeito pede recuperação judicial
Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira
O ex-prefeito de Alto Garças e produtor rural Roland Trentini (DEM) pediu recuperação judicial para sua empresa, a Sementeira Arco Íris, alegando dívidas de R$ 372,6 milhões. Ele aponta para a crise no agronegócio de MT. O deferimento do pedido ainda será julgado pela Vara Única de Alto Garças, sob tutela do juiz Lener Leopoldo da Silva Coelho.
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O pedido de recupeação foi protocolizado no dia 09 de março. Conforme os autos, a empresa possui hoje 739 credores e, por conta da queda na produtividade de grãos, do aumento dos custos da produção e do baixo preço da saca no mercado interno e externo, não possui capacidade para honrá-las.
Assevera que não bastando os motivos caros à empresa, o Brasil sofre com a grave crise econômica mundial. “Industria, comércio, serviços, passam por crise financeira. O agronegócio não é diferente, cerca de 30% da produção de grãos de Mato Grosso tem endividamento superior a 1.600 dólares por hectare. O serviço dessa dívida não é suportado pela produção".
Adiante, acrescenta. "O caso Trentini é somente um reflexo da situação real do campo no Brasil. Este produtor no campo há 42 anos, não conseguiria plantar já na próxima safra se não tivesse essa renegociação judicial. Felizmente o poder Judiciário sempre atento está pronto para intermediar uma negociação coletiva com os credores, trabalhadores e fornecedores”.
Ao apreciar o pedido, o magistrado determinou que uma perícia seja realizada sobre os documentos apresentados pelo ex-prefeito. O objetivo é verificar se estão cumpridos os requisitos previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal.
A Sementes Arco-Íris compõe o chamado "G4", grupo que reúne as quatro maiores empresas sementeiras de Mato Grosso, formado pelas empresas Girassol Sementes (Gilberto Goellner), Sementes Arco-Íris (Roland Trentini), Sementes São Jerônimo (Rudolf Aernoudts) e Sementes Tropical (Celso Griesang).
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Adiante, acrescenta. "O caso Trentini é somente um reflexo da situação real do campo no Brasil. Este produtor no campo há 42 anos, não conseguiria plantar já na próxima safra se não tivesse essa renegociação judicial. Felizmente o poder Judiciário sempre atento está pronto para intermediar uma negociação coletiva com os credores, trabalhadores e fornecedores”.
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