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'Grampolândia' convoca promotor de justiça para testemunhar em ação

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

O promotor de Justiça da Comarca de Cáceres Rinaldo Segundo deverá ser intimado a testemunhar na ação penal da "Grampolândia Pantaneira", na 11ª Vara Criminal Especializada da Justiça Militar, do juiz Murilo Moura Mesquita.  A ação penal julga o envolvimento de policiais militares no esquema de interceptações ilegais do Estado.

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Conforme as investigações, teria sido em Cáceres (a 240km de Cuiabá) que as interceptações telefônicas ilegais, solicitadas através da inclusão de dados falsos, (modalidade conhecida como "barriga de aluguel"), deram início, gerando o escândalo hoje conhecido como "Grampolândia Pantaneira".

As suspeitas foram confirmadas em juízo pelo magistrado Jorge Alexandre Martins Ferreira, responsável por autorizar as interceptações naquela cidade. Ele narrou na ação penal que foi abordado em 2013 pelo coronel da PM Zaqueu, que estava acompanhado de um promotor de justiça identificado como "Rinaldo", para que  autorizasse futuros pedidos de interceptação telefônica para investigação contra corrupção por parte do comando da PM de Cáceres.
 
Ainda não há informações sobre data, horário e endereço para o testemunho do promotor. Ao Olhar Jurídico, o MPE afima ser o autor do pedido. 

São réus no processo o ex-comandante da Polícia Militar, coronel Zaqueu Barbosa; os coronéis Ronelson Barros e Evandro Lesco, ex-chefe e ex-adjunto da Casa Militar, coronel Januário Batista; e o cabo Gérson Correa Júnior, o único que ainda permanece detido. 

Entenda:
 
Em maio de 2017 o esquema dos grampos veio à tona com reportagem publicada pelo Fantástico. O esquema foi concebido na modalidade “barriga de aluguel”, quando investigadores solicitam à Justiça acesso aos telefonemas de determinadas pessoas envolvidas em crimes e no meio dos nomes inserem contatos de não investigados.

Neste caso específico, as vítimas foram inseridas e uma apuração sobre tráfico de drogas. O ex-secretário de Segurança Pública, Mauro Zaque, afirmou que informou ao governador do Estado sobre o esquema e Pedro Taques, em coletiva à imprensa, afirmou que é vítima de vingança pessoal e determinou ainda imediata apuração do esquema.
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