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Gaeco interroga ex-deputado federal Pedro Henry e Nininho sobre corrupção no Detran

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), interroga à partir das 13h30 desta segunda-feira (02) o ex-deputado Federal Pedro Henry e o deputado Estadual Ondanir Bortolini ("Nininho"). O rito, que se dará na sede da Procuradoria-Geral de Justiça em Cuiabá, faz parte das investigações da "Operação Bereré", que investiga um esquema de organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro no Detran-MT.

Conforme o Ministério Público Estadual (MPE) o esquema envolvia “agentes públicos destinatários de vantagens indevidas que se valem de pessoas físicas e jurídicas interpostas, da emissão de cheques, de triangularizações de transferências bancárias, dentre outras práticas, para ocultar o recebimento de propina, bem como a origem ilícita dos valores".

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A Operação Bereré é um desdobramento da colaboração premiada do ex-presidente do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT), Teodoro Lopes, o “Doia". Dentre as informações prestadas por Doia, consta suposto esquema de cobrança de propina com uma empresa que prestava serviços de gravame - um registro do Detran.Dentre os supostos crimes cometidos estão organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. 

Segundo o Gaeco, as investigações tiveram início na Delegacia Especializada em Crimes Contra a Administração Pública e Ordem Tributária (DEFAZ), sendo que as medidas cautelares foram requeridas pelo NACO Criminal (Núcleo de Ações de Competência Originária) do Ministério Público Estadual e estão sendo cumpridas em Cuiabá, Sorriso e Brasília-DF, pelo GAECO (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado) e Polícia Judiciária Civil, com apoio da Polícia Militar, por meio do BOPE.

Novos alvos:

Foi uma decisão do desembargador José Zuquim Nogueira, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), no último dia 21, que autorizou o Ministério Público Estadual (MPE) a estender as investigações, no bojo da "Operação Bereré", aos deputados estaduais Wilson Santos (PSDB), Baiano Filho (PSDB), Romoaldo Júnior (MDB), José Domingos Fraga (PSD) e Ondanir Bortolini (PSD), o Nininho. O pedido do MP se deu por conta de todos eles possuírem foro privilegiado, em razão do cargo que ocupam na Assembleia Legislativa.
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