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'Grampolândia Pantaneira' completa 12 dias de suspensão e PGJ deverá se manifestar

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

O desembargador da Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) Luiz Ferreira Da Silva encaminhou nesta segunda-feira (16) à Procuradoria Geral de Justiça (PGJ), sob chefia de Mauro Curvo, o recurso do cabo Gerson Corrêa Junior. Ele pede a suspeição e o afastamento dos juízes militares que compõem o Conselho de Sentença que o julga por suposta participação no esquema de grampos na PM. 

A ação penal que tramita na 11ª Vara Criminal de Justiça Militar, do juiz Murilo Mesquita, segue suspensa há 12 dias. 

A "Grampolândia Pantaneira" investiga e julga a participação de cinco militares no esquema de grampos clandestinos ocorrido durante o atual governo.

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O desembargador Luís Ferreira da Silva suspendeu a ação penal no dia 06 deste mês. A solicitação foi protocolada pela defesa do cabo Gérson Corrêa Júnior, argumentando que os militares Luiz Claudio Monteiro da Silva e Valdemir Benedito Barbosa (que integram Conselho de Sentença) emitiram julgamento de mérito antes do momento apropriado, durante suas manifestações em audiência.

Grampolândia
 
Em maio de 2017 o esquema dos grampos veio à tona com reportagem publicada pelo Fantástico. O esquema foi concebido na modalidade “barriga de aluguel”, quando investigadores solicitam à Justiça acesso aos telefonemas de determinadas pessoas envolvidas em crimes e no meio dos nomes inserem contatos de não investigados.
 
Neste caso específico, as vítimas foram inseridas e uma apuração sobre tráfico de drogas. O ex-secretário de Segurança Pública, Mauro Zaque, afirmou que informou ao governador do Estado sobre o esquema e Pedro Taques, em coletiva à imprensa, afirmou que é vítima de vingança pessoal e determinou ainda imediata apuração do esquema.
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