O juiz Flávio Miraglia Fernandes, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, retomou nesta quarta-feira (18) as oitivas com testemunhas de acusação e defesa da morte do personal trainer Danilo de Campos. Respondem à esta ação penal: Guilherme Dias de Miranda e Wallisson Magno de Almeida Santana, acusados de assassinar a vítima em novembro de 2017.
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O crime correu em uma distribuidora no bairro Duque de Caxias, em Cuiabá, por volta das 21h20 do dia 8 de novembro do ano passado. Populares disseram aos militares que viram dois homens em uma motocicleta alta se aproximarem e o garupa efetuar os disparos contra o personal trainer Danilo Campos.
A polícia apurou que Guilherme Dias de Miranda seria o mandante do assassinato. Ele usava documentos falsos para se esconder, junto com Walisson. A ex-esposa de Guilherme chegou a ser presa, mas foi solta por colaborar com a polícia na cidade de Foz do Iguaçu (PR) e, em Cuiabá, colaborou no interrogatório e esclareceu o que ainda restava do crime, sendo solta em seguida. A pivô do caso afirmou que era ameaçada pelo ex-companheiro, Guilherme.
No dia 9 de março, cerca de quatro meses após o crime, Guilherme e Walisson foram presos em uma ação conjunta da Polícia Civil de Mato Grosso com a de São Paulo. Os dois estavam com passagens compradas para fugir do Brasil.
O Olhar Jurídico acompanha os principais pontos da audiência desta quarta-feira:
17h22 - Finalizada a audiência.
17h15 - A testemunha afirma que o segundo réu, Wallison, trabalhava com Guilherme no camelô e que era aluno do corréu na capoeira.
17h09 - A testemunha nega que Guilherme fosse alguém perigoso: "É tranquilo demais".
17h07 - Volney Soares de Souza será ouvido como informante, pois é amigo íntimo de Guilherme Dias. A testemunha conhece o réu há cinco anos, pela capoeira e, Ane Lise, apenas de vista.
16h52 - Luis Felipe Figueiredo é a segunda testemunha de defesa. Ele era vendedor de lanches em um trailer. No depoimento, afirma que o réu Guilherme é seu professor de capoeira. A testemunha teria ficado assustada ao tomar ciência do caso pela imprensa.
16h37 - As ameaças teriam sido o motivo para Guilherme ir para São Paulo, onde foi capturado. "Algumas pessoas estavam ameaçando ele de morte, mas não falou nada mais sofre isso".
16h32 - A testemunha afirma ainda que Guilherme também teria sofrido ameaças, mas não acrescenta dados sobre isso.
16h29 - Guilherme ainda teria uma empresa no Shopping Popular, com uma renda mensal de R$ 30 mil.
16h27 - Amigo de Guilherme, a testemunha narra ser contador de uma das empresas do réu. Afirma ainda que que ele atua com mercado financeiro e com uma loja de celulares. Antes da prisão, ele faria uma sociedade, uma holding e planejava atuar com consórcios adquiridos na Caixa Econômica.
16h22 - O contador Wallison é a primeira testemunha de defesa ouvida no processo. Nesta fase, os réus são levados até a sala de audiências.
16h15 - A audiência teve uma pausa. A próxima testemunha será de defesa.
16h00 - Danilo teria recebido prints de conversas telefônicas em que Guilherme teria ameaçado a então namorada e testemunha Ane Lise.
15h56 - Danilo confidenciou ao amigo o interesse em adquirir uma arma de fogo. Ele teria desistido da ideia após a conversa com a testemunha: "A moça se declarava bastante para ele, ele tentava uma hora ou outra esquivar", narrou.
No prédio onde mora o suspeito Guilherme, a testemunha teria conversado com morador, que afirmou. "Tenha muito cuidado ao mexer com esse rapaz, que esse rapaz é muito perigoso, a gente sabe de algumas coisas sobre ele". Ainda, falava-se que Guilherme tinha envolvimento com o Comando Vermelho.
15h50 - Carlos Alexandre Meireles foi a primeira testemunha de hoje. Ao juízo, narrou ser amigo de infância da vítima Danilo e fazia academia onde ele trabalhava. Danilo teria lhe confidenciado preocupação. Dias depois, eles dialogaram. O personal relatou que um rapaz lhe ameaçava por conta de uma mulher, sem saber que ela tinha relacionamento. "Ela veio me contar isso depois, e quando contou eu já tava sofrendo ameaça".