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Advogado que agrediu juiz é suspenso pela OAB, que cobra mais segurança do Judiciário

Da Redação - Isabela Mercuri

O advogado Homero Amilcar Nedel, preso pela Polícia Militar após agredir o juiz Jorge Hassib Ibrahim, de Paranatinga, dentro do Fórum da cidade, foi suspenso da Ordem dos Advogados do Brasil. A informação foi confirmada pelo presidente da seccional Mato Grosso, Leonardo Campos, na manhã desta quinta-feira (11) durante um evento de escolha do novo presidente do Tribunal de Justiça do estado.

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O presidente, em sua fala, ainda lembrou o caso do juiz baleado em Vila Rica, e cobrou mais segurança no Poder Judiciário, e isonomia no tratamento de todas as pessoas que acessam suas dependências. “Em hipótese alguma a relação entre magistratura e advocacia pode ser abalada por fatos isolados”, disse. “(...) por óbvio que nós entendemos e compreendemos a necessidade de darmos uma atenção à segurança dos prédios públicos. Não segurança apenas para magistrados, mas para os próprios advogados que frequentam as dependências do poder Judiciário nas suas quase 80 comarcas do estado, nas salas de audiência, nos plenários, e evidente que isso precisa ser tratado, precisa estar na pauta, e sei que está na pauta de Vossa Excelência. E tem o apoio da Ordem dos Advogados do Brasil tais medidas”.

Leonardo afirmou, no entanto, que o tratamento deve ser igualitário, e lembrou o caso de Rondonópolis, onde somente os advogados criminais passam por detecção de metais, que é feita com aparelho manual. “essas medidas, e aqui conclamo a sensibilidade de cada um dos senhores, elas têm que ser igualitárias. Elas têm que ser isonômicas. Detectores de metais, portas giratórias, sim, mas para todos. Magistrados, advogados, sociedade, integrantes do Ministério Público. Ou adotamos essa medida para todos, ou não se adota. Nós não podemos admitir tratamento diferenciado”, finalizou.

Entenda

No último dia 26 de setembro, um advogado, identificado como Homero Amilcar Nedel, foi preso pela Polícia Militar após agredir o juiz Jorge Hassib Ibrahim, de Paranatinga (536 quilômetros de Cuiabá), dentro do Fórum da cidade. 

A agressão aconteceu durante a sessão. Em dado momento, após uma discussão, o advogado acertou um soco no magistrado. Além disto, Homero ainda fez ameaças de morte ao juiz, que acionou a Polícia Militar. O acusado foi preso e encaminhado para a delegacia, onde prestou depoimento.

No dia 1 de outubro, o juiz Carlos Eduardo de Moraes e Silva foi baleado dentro do Fórum da cidade de Vila Rica (1.268 quilômetros de Cuiabá). O bandido, que não teve o nome divulgado, foi morto por um policial militar, que fazia a segurança do local.

Segundo consta, o juiz estaria recebendo ameaças constantes. Informações preliminares do Tribunal de Justiça dão conta de que o réu entrou armado na audiência e não se sabe se ele já estava preso ou cumpria a pena em liberdade.
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