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Após mais de 2 anos de morte de aluno, tenente Ledur será interrogada pela Justiça

Da Redação - Vinicius Mendes

O juiz Wladymir Perri, da 11ª Vara Criminal Especializada da Justiça Militar, agendou para o próximo dia 16 de abril o interrogatório da tenente do Corpo de Bombeiros, Isadora Ledur Souza Dechamps, que é acusada de torturar e causar a morte de Rodrigo Claro em novembro de 2016, em um dos treinamentos aplicados por ela no curso dos Bombeiros. O magistrado também marcou a data para serem ouvidas as testemunhas de defesa.
 
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Na última terça-feira (4) o juiz Wladymir Perri  definiu que a sessão de instrução para o interrogatório da tenente Isadora Ledur acontecerá no próximo dia 16 de abril, às 13h30, no Fórum de Cuiabá. No dia anterior, 15 de abril, devem ser interrogadas as testemunhas arroladas pela defesa.
 
A tenente chegou a ficar dois anos sem trabalhar e adiou sessões, sucessivas vezes, em decorrência das licenças médicas que recebeu. Ela apresentou 13 licenças médicas, indicando um quadro de depressão profunda. Familiares de Rodrigo Claro e outras testemunhas de acusação já foram ouvidas.
 
O caso
 
Rodrigo Patrício Lima Claro, de 21 anos, ficou internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e faleceu por volta de 1h40 do dia 16 de novembro de 2016. Ele teria sido dispensado no final do treinamento do curso dos bombeiros, após reclamar de dores na cabeça e exaustão. O Corpo de Bombeiros informou que já no Batalhão ele teria se queixado das dores e foi levado para a policlínica em frente à instituição.
 
Ali, sofreu duas convulsões e foi encaminhado em estado crítico ao Jardim Cuiabá, onde permaneceu internado em coma, mas acabou falecendo. O corpo de Rodrigo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal, mas análise preliminares não apontaram a real causa da morte e por isso exames complementares foram realizados, de acordo com a perícia criminal.
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