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Terça-feira, 16 de abril de 2024

Notícias | Mundo

Empresários de Honduras prometem resistir a sanções internacionais

Simpatizantes do governo interino e ressentidas com a pressão internacional, as principais entidades empresariais de Honduras prometem "resistir" a um eventual embargo econômico contra o segundo país mais pobre da América Central.


Segundo empresários ouvidos pela Folha, a avaliação é de que a pressão seja apenas durante os seis meses do "governo de transição". Pelo calendário eleitoral, que o presidente interino, Roberto Micheletti, vem prometendo respeitar, haverá eleições presidenciais em 29 de novembro, e o novo mandatário do país assumirá dois meses mais tarde.

"Preferimos seis meses de sanções a dez anos de ditadura ao estilo chavista", disse, em entrevista, Alejandro Alvarez, vice-presidente do Conselho Hondurenho da Empresa Privada (Cohep), organização guarda-chuva que reúne 62 organizações empresariais de setores como meios de comunicação e construção civil.

Alvarez diz não acreditar que haja sanções econômicas dos Estados Unidos, o principal parceiro comercial do país. Mas diz que sua entidade já prevê um plano de contingência que pode envolver corte de salários e redução de importações, entre outras medidas.

Ontem à tarde, o diretor-executivo da Federação Nacional de Pecuaristas e Agricultores de Honduras (Fenagh), Edgardo Leiva, se reuniu com Micheletti, onde, diz, assegurou ao novo governo interino que o abastecimento do país está assegurado pelos próximos seis meses.

"As sanções econômicas não nos preocupam. Por causa da baixa dos preços internacionais, agora temos excedentes de leite, carne e outros produtos. A nossa preocupação está na defesa da boa imagem do país", disse Leiva após a reunião.

Apesar do otimismo dos empresários, Honduras atravessa um momento econômico difícil por causa da crise econômica mundial. Ainda antes da crise, a expectativa é que a economia cresceria apenas 2% neste ano. Mais de 70% da população é pobre, e cerca de 40% sobrevivem com menos de US$ 1 por dia.

Os principais produtos do país, café, banana e camarão, têm como destino principal os EUA, que até agora não sinalizaram que vão impor sanções econômicas.

Até agora, as únicas medidas tomadas contra Honduras foram a suspensão de empréstimos do Banco Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento e o fechamento por 48 horas das fronteiras com vizinhos para exportação e importação.
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