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Sexta-feira, 29 de março de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Programa de controle ao HIV na população carcerária do Rio atrai delegação chinesa

Os chineses querem aprender com o Brasil a identificar e tratar pacientes com HIV/Aids no sistema prisional. Uma delegação da cidade de ShenZehen conheceu hoje (8) o programa da Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro, considerado referência no país. O estado tem cerca de 22 mil internos, dos quais cerca de 1% tem o vírus.


De acordo com estudo das Nações Unidas (ONU), em todo o mundo, a incidência de Aids em pessoas privadas de liberdade costuma ser mais alta que entre a população em geral. Em ShenZehen, onde a população carcerária é de três mil pessoas, 2% têm o vírus. Os chineses não falaram sobre o tratamento nos presídios da sua cidade.

Um dos responsáveis pelo programa do Rio, o médico Evandro Vieira detalhou o atendimento realizado nas penitenciárias fluminenses. Ele destacou a existência de um hospital para internar os doentes, além de uma equipe de profissionais de saúde e assistentes sociais atendendo nas 44 unidades prisionais e afirmou que o trabalho também costuma envolver a família dos detentos.

Segundo o médico, apesar de problemas pontuais como o transporte de presos no interior e barreiras culturais como o preconceito entre os próprios detentos, a abrangência do programa facilita a identificação dos soropositivos e o tratamento dos doentes, itens que, segundo ele, compõem o diferencial no país.

Nas penitenciárias fluminenses, os internos podem fazer o teste para o vírus (que não é obrigatório). Eles também recebem preservativos e contam com informações de vídeos, palestras e revistas elaboradas por eles mesmos. As companheiras e companheiros credenciados para as visitas íntimas também têm acesso a esse material.

Embora a ONU alerte que nos países onde a maior freqüência de transmissão é pelo sexo, a taxa de infecção nas prisões é duas vezes maior que na população total, nas cadeias, a via sexual não é a única forma de contágio. Os internos também são infectados pelo uso comum de lâminas de barbear e de utensílios para piercings e tatuagens, por exemplo.

Para minimizar esses problemas, o médico fluminense alerta que o esforço deve ser de conscientização utilizando material educativo. Ele acrescenta também que, em relação ao para o contágio por meio do uso de drogas, o governo do Rio pretende colocar em prática um projeto de redução de danos. O objetivo é evitar também a propagação de outras doenças, como as hepatites.
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