O advogado Fábio Capilé, que está lançando o CD Festança de Tchão Batido bolou uma estratégia de marketing diferenciada para divulgar o trabalho, são as ilhas culturais, que estão espalhadas por diferentes estabelecimentos comerciais de Cuiabá. “A intenção é fazer com que a cultura chegue até as pessoas que estão fora do ‘circuito’ e o modo de fazer isso é levando a cultura para o dia a dia das pessoas”, argumenta Capilé.

A ideia da ilha consiste em um espaço com o CD exposto e fones de ouvido a disposição, tocando o disco sem parar. “A pessoa passa ali, vê o fone, fica curiosa e escuta”, diz. “Com cinco minutos da ilha instalada no (restaurante) Pé de Pequi, já vendemos o primeiro exemplar”, comemora.

E os pontos escolhidos para espalhar a propaganda do Festança foram estabelecimentos com uma relação direta com a cultura cuiabana e lugares que fazem parte da rotina das pessoas, como os restaurantes e também livrarias. “Ainda vamos colocar mais ilhas pela cidade”, promete Capilé.

A preocupação em resgatar a cultura da cuiabania e a identidade oral do linguajar cuiabano foi o que motivou tanto o advogado a fazer o CD quanto a criar as ilhas. “A gente não pode perder as raízes”, defende Capilé.

As ilhas são montadas com temas cuiabanos. “São elementos regionais como caju e onça-pintada sobre uma estrutura rústica”, descreve. “As pessoas podem adquirir o CD na hora”.

Outro ponto digno de ser ressaltado é que ao ser exposto, o CD, que já não tem a foto do advogado na capa, se desvincula ainda mais da imagem do artista. “As pessoas compram porque gostaram do trabalho, não para ajudar o artista”, completa.

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