O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado José Riva (PSD), confirmou à juíza da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, Maria Aparecida Ferreira Fago, que dias antes do assassinato do jornalista Auro Ida, de 53 anos, morto a tiros no dia 21 em julho do ano passado, ele o procurou em seu gabinete, falou que sofria ameaças e que estava amedrontado.

"Ele disse que sofria ameaças mas não revelou a causa, nem por quem. Tentei tirar dele, mas ele não me contou. Eu orientei que ele fosse à polícia registrar um boletim de ocorrência, mas ele não foi. Ele estava muito amedrontado", declarou.

O deputado e o irmão dele, Priminho Riva, foram arrolados para depor pela defesa do suspeito mandante do crime, Rubens Alves, já que o jornalista teria confidenciado aos dois sobre as ameaças que ele vinha sofrendo.

A defesa aposta no depoimento de Riva e do irmão dele para tentar desmontar a tese de crime passional por parte de Rubens Alves, ex-marido da jovem Bianka Nayara, com quem o jornalista namorava há dois meses e estava no dia em que foi assassinado.

Auro foi brutalmente assassinado, no bairro Jardim Fortaleza, na região do Coxipó, em Cuiabá. Ida estava deixando a namorada em casa, quando um homem bateu no vidro do veículo, pediu que a garota se afastasse e o executou com cinco tiros, três nas costas e dois na nuca. O crime foi executado com uma pistola 380.

O ex-marido de Bianka, Rubens Alves de Lima (foragido), é acusado de ser o mandante do crime. O amigo de Rubens, Alessandro da Silva Paz (preso), é acusado de ter intermediado o crime junto a Evair Peres Madeira Arantes, o "Baby" (preso), suposto executor.


Atualizada