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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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sem solução

Desocupação em Suiá Missú continuará até que decisão judicial determine anulação de portaria

Foto: José Medeiros/Olhar Direto

Desocupação em Suiá Missú continuará até que decisão judicial determine anulação de portaria
O processo de desocupação da gleba Suiá Missú por parte da Força Nacional de Segurança e da Polícia Federal não sofrerá alterações até que a Justiça determine à presidência da república a publicação de uma nova portaria suspendendo a desintrusão da área que foi homologada para criação da reserva indígena Maraiwatsêde.


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A ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann recebeu no fim desta manhã (13.12) uma comitiva da bancada federal de Mato Grosso e de líderes rurais de outros Estados para tentarem uma solução pacífica ao conflito. Gleisi Hoffmann admitiu, no entanto, que não mediu forças para impedir a operação de desintrusão e não conseguiu interromper o processo que já estava em fase avançada.

“Empenhei pessoalmente esforços para tentar impedir a efetivação da decisão judicial. Infelizmente, contra liminar só mesmo outra liminar. A solução está na esfera judicial, e a discussão deve ocorrer no Judiciário”, lamentou a ministra. 

Pressionada, Gleisi Hoffmann ainda comprometeu-se em continuar estudando alternativas com o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo para suspender o despejo das famílias da área que vem sendo ocupada há cerca de 30 anos.  O senador Cidinho Santos (PR-MT) afirmou que ela pediu ao ministro a elaboração de um parecer sobre a situação.
 
"O diálogo com o governo federal continua. Apresentamos toda a documentação comprovando a posse da terra. A ministra da Casa Civil ouviu o nosso apelo e o ministro da Justiça emitirá parecer sobre o conflito. Todas as alternativas possívels estão sendo analisadas ", relatou à reportagem do Olhar Direto.

Enquanto o futuro das centenas de famílias é definido nos gabinetes dos Poderes Executivo e Juciciário, em Suiá Missú os relatos são de violência e resistência por parte dos moradores da região.

Alguns ocupantes da área já foram desalojados e começaram a montar acampamentos ao longo da rodovia BR 080. Um agravante neste conflito, já que os ocupantes não receberem indenização por parte do governo federal.

Homologada por decreto presidencial em 1998, a Terra Indígena Marãiwatsédé tem 165.241 hectares e abrange parte do território das cidades mato-grossenses de Alto Boa Vista, Bom Jesus do Araguaia e São Félix do Araguaia, no nordeste do estado.

Também participaram da reunião os deputados federais Homero Pereira (PSD), Valtenir Pereira (PSB), Wellington Fagundes (PR) e o senador Pedro Taques (PDT). Acompanham também as entidades Aprosoja Brasil e Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) com os deputados Luiz Carlos Heinze (PP-RS), Valdir Colatto (PMDB-SC) e o vice-presidente senador Waldir Moka (PMDB-MS).

Corrigida e atualizada às 16h37
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