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‘Herança’

Índios terão escolas e posto de saúde prontos em área de Marãiwatsédé

17 Dez 2012 - 11:50

Da Reportagem local - Lucas Bólico e Renê Dióz - enviados especiais a Estrela do Araguaia (Posto da Mata)

Foto: José Medeiros/ Olhar Direto

Índios terão escolas e posto de saúde prontos em área de Marãiwatsédé
Após concluída a desintrusão de não-índios, as terras remanescentes da fazenda Suiá Missú, no nordeste de Mato Grosso, serão entregues aos xavantes, reconhecidos pela Justiça como os legítimos habitantes da área. Após cerca de 50 anos de uma diáspora forçada, os indígenas encontraram nas terras uma mescla de zona urbana e rural.


Os bens que ficarem após o despejo dos atuais moradores da região serão considerados abandonados pela Fundação Nacional do Índio (Funai), que irá leiloá-los. Parte das estruturas que sobrar podem ser destruídas.

Deve sobrar de positivo para os índios estruturas como, por exemplo, escolas e posto de saúde que estão instaladas na região.

“Não faz sentido destruir uma escola, elas devem ficar para os índios mesmo”, afirmou Nilton Tubino representante da Presidência da República em entrevista concedida ao Olhar Direto na base militar instalada em Alto Boa Vista. No local, estão alojados os policiais federais, os oficiais de justiça e os agentes da Força Nacional de Segurança (FNS) que participam da operação.

Existem no local três escolas, uma estadual e duas construídas pela própria população. Outra ‘herança’ deixada pelos não-índios aos xavantes será um posto de saúde que funciona no distrito de Estrela do Araguaia. Os indígenas ainda encontrarão áreas agricultáveis na grande maioria dos 165 mil hectares que são alvo da disputa judicial.

José Medeiros/ Olhar Direto


O índio Augusto Werehite, 65 anos, vice-cacique xavante que declara ter nascido em Marãiwatsédé afirma que as terras deverão ser usadas para produção mesmo, tal qual jé vem sendo feito pelos atuais habitantes. “A gente pretendia ter lavoura mecanizada e a criação de gado, essas coisas aí. Lá onde está Maraiwatsede já está tudo destruído, aberta a mata, tudo derrubado”, declara. “Nós aprendemos com vocês pra vivência da nossa parte essas coisas aí. Tem que fazer agora e seguir o caminho, ir pra frente, fazer o progresso, essas coisas aí. Eu prefiro isso aí”, completa.
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