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Sexta-feira, 29 de março de 2024

Notícias | Meio Ambiente

jogo duro

Governo aciona os 75 maiores desmatadores de Mato Grosso

O ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) informou nesta terça-feira que o governo vai ajuizar 75 novas ações contra desmatadores da floresta Amazônica no Mato Grosso. A lista envolve pessoas físicas e madeireiras da região. Eles foram responsáveis pela destruição de 800 km2 da floresta --o equivalente a 80 mil campos de futebol--, além do transporte irregular de 3.000 caminhões de madeiras ilegal, que foram apreendidos.


Minc negou que a escolha de Mato Grosso seja uma perseguição ao governador do Estado, Blairo Maggi (PR) --com quem já protagonizou vários embates sobre desmatamento.

Segundo o ministro, Mato Grosso é o segundo Estado com o maior número de flagrantes de desmatamento, perdendo apenas para o Pará.

Das 75 ações, mais da metade (45) dos processos foi aberta em Cuiabá. O maior caso identificado é de uma fazendeira do município de Vila Bela da Santíssima Trindade, que desmatou 16 mil hectares. O ministério não informou quanto é o total da multa que foi aplicada nessas 75 ações.

Ao todo, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) no Mato Grosso registra 7.000 processos. Minc afirmou que só estes 75 casos foram denunciados porque nestas situações não há dúvidas de que ocorreram crimes ambientais.

"Temos consistência nessas denúncias. Fizemos imagem de satélite, conseguimos levantar o histórico de desmatamento, identificamos o proprietário. Esses são os processos mais constituídos", disse.

Minc disse que a procuradoria ligada ao ministério vai acompanhar o andamento dos processos para evitar que as ações sejam apenas para "completar" as estatísticas. "Uma das nossas metas e combater à impunidade ambiental, conscientizar os juízes e acompanhar para saber se estão resultando ou não. Se elas não andarem, não vamos chorar, vamos saber o que está acontecendo e tomar as medidas cabíveis", afirmou.

Essa é a segunda vez que Minc anuncia abertura de ações contra desmatadores. Em setembro do ano passado, o ministério revelou que o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), órgão ligado ao governo, liderava os seis primeiros lugares dos 100 maiores desmatadores da floresta amazônica. Além do instituto, existiam várias empresas de agropecuária, cooperativas e pessoas físicas entre os principais destruidores do ambiente na Amazônia Legal. Minc disse que um balanço da situação dessas ações será apresentado nos próximos meses.

O ministro reconheceu que a medida causou mal-estar, mas afirmou que o ministério vai continuar divulgando os nomes dos desmatadores. "Naquela época, eu fui xingado chamado no Congresso, a culpa de quem que é do ministro. Mas eu acho que o povo não quer a destruição da Amazônia. O povo quer saber se esses crimes continuam impunes ou não. Estamos dando nome aos bois", afirmou.
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