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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Marãiwatsédé

Posto da Mata está acabado e todos correm para levar aquilo que podem

Foto: José Medeiros/Olhar Direto

Posto da Mata está acabado e todos correm para levar aquilo que podem
“A cidade está toda acabada”. Assim definiu Christiane Silva, 22, sobre a atual situação da vila de Posto da Mata, distrito Estrela do Araguaia (30 quilômetros de Alto Boa Vista), nesta sexta-feira (4), último dia para desocupação de todos não-índíos daquela área, demarcada como terra indígena Marãiwatsédé, do povo Xavante, desde 1998.


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“As casas estão sem telhado, algumas até sem parede e com muro no chão. Não tem praticamente ninguém mais aqui”, contou Christiane, que está na vila, onde mora há 15 anos, tentando reunir todo o possível no caminhão de mudança. Os moradores da corrutela correm contra o tempo dos moradores na tentativa de levar o máximo possível, pois qualquer bem deixado na vila será confiscado, segundo informações enviadas pela Fundação Nacional do Índio (Funai).

Dessa forma, tudo que pode ser retirado é levado, como se toda a substância da vila fosse levada, sendo deixado para trás apenas o esqueleto da mini-cidade e as lembranças. Principalmente as dos últimos dias de resistência, quando o povo de Suiá-Missú se agarrava a fé para não perder as esperanças de uma reviravolta no conflito judicial pela posse das terras, em que a Funai tem ganhado as batalhas mais recentes, culminando na desintrusão ordenada pela Justiça Federal ao fim de 2012.

E o morador da região que não deixar o local até o fim deste dia terá de responder ao crime de desobediência. O cumprimento dessa determinação será levado a cabo pelas forças de desintrusão, formada pela Polícia Federal, Força Nacional de Segurança e Polícia Rodoviária Federal, atuantes na operação desde dezembro.

No entanto, Chris afirmou que não tem visto atividade das forças policiais dentro da área da vila, diferente dos dias anteriores, quando eles realizavam a notificação de todos os moradores a respeito do prazo final para saída.

A Funai também, que desde o início da desintrusão tem mandado relatórios diários e balanços semanais sobre a operação, não enviou novas informações desta quarta-feira (2).
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