A partir de dezembro deste ano o Banco do Brasil pretende extinguir a Plataforma do Centro de Suporte Operacional – Cuiabá (CSO) e transferir os 95 profissionais do setor para Brasília (DF). O comunicado foi feito internamente. O CSO é responsável pelo cadastro, fiscalização e estudo de operações de crédito rural e urbano. De acordo com o presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários e do Ramo Financeiro de Mato Grosso (SEEB-MT), Arilson da Silva, essa mudança será prejudicial tanto para os empregados do banco quanto para os clientes que terão que esperar mais tempo pela liberação de crédito.

“Os empregados terão que se mudar para Brasília e serão atingidos pelo alto custo de vida na capital federal e pelas dificuldades de adaptação da família, que já possui estudo ou trabalho em Cuiabá. Já os clientes de Mato Grosso serão colocados na lista de espera, pois os funcionários vão atender a demanda nacional. Os produtores rurais e empresários do Estado terão que depender de uma lista de prioridades”, ponderou Arilson em ofício ao deputado estadual Alexandre Cesar (PT). O presidente do SEEB-MT também acrescentou que a decisão de extinguir o setor em Cuiabá foi “unilateral com clara intenção de redução de custos”.

Para tentar reverter a extinção do CSO, o deputado Alexandre Cesar apresentou indicação, aprovada por unanimidade em Plenário, que solicita a permanência do setor em Cuiabá. A indicação foi encaminhada ao presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine. “O acúmulo de processos sobrecarregará todo o funcionalismo e trará impactos negativos a qualidade do trabalho. Os prejuízos serão estendidos ao setor produtivo, atingindo toda a economia mato-grossense. Além disso, o pedido de manutenção do setor visa assegurar a unidade familiar dos bancários lotados, vez que eles residem aqui e são, na maioria, arrimo de família”, justificou o parlamentar.