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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Notícias | Copa 2014

Galvão aponta “time de meninos” e “maior apagão da história”

Não faltaram palavras duras para Galvão Bueno no fim da noite desta terça-feira. Assim como todos os torcedores brasileiros, o narrador se mostrou abatido e, até certo ponto, revoltado com a humilhação imprimida ao Brasil pela Alemanha com a goleada por 7 a 1 no Mineirão, em Belo Horizonte (MG), pela semifinal da Copa do Mundo de 2014. De “time de meninos” a “maior apagão da história”, as frases fortes foram várias. O global começou a transmissão, como de costume, empolgado e mais parecendo um torcedor.


O sentimento, contudo, durou apenas pouco mais de 20 minutos, mesmo tempo que levou para o sonho do hexacampeonato morrer. As críticas começaram a ser disparadas com o gol de abertura do placar da Alemanha, chamado de “falha grosseira” do Brasil. O pentacampeão Ronaldo também detonou a jogada: do erro de Marcelo no campo de ataque à “bobeada” dentro da área após a cobrança de escanteio, completada com o pé de Thomas Müller na marca do pênalti. A sequência de gols alemães chegou a deixar Galvão aturdido, sem encontrar grandes palavras para descrever o que ocorria. “É uma grande seleção contra um time de meninos”, ainda conseguiu dizer, com a voz baixa e abatida, o global em meio ao apagão nacional. No intervalo, o narrador decretou aqueles sete minutos como “o maior apagão da história do futebol mundial”.

O vexame escancarado também foi o estopim para críticas, principalmente contra Felipão. “Quatro gols tomados e nenhuma mudança no time”, exclamou Galvão. Ronaldo, por outro lado, apontou para a escalação inicial do Brasil: “passa tudo pela formação tática que a Seleção entrou em campo”. No segundo tempo, Galvão mostrou conformismo e não encontrou muitas palavras para o aumento da humilhação, apenas seguiu narrando o duelo com pouca animação nas cordas vocais. Quando a torcida no Mineirão começou a ironizar a Seleção com gritos de “olé”, o narrador saiu em defesa dos fãs: “e que não se critique o torcedor porque ele torceu muito e está triste”, salientou. Com o fim do duelo, as críticas ficaram mais escancaradas e as palavras fortes foram retornando à boca de Galvão. Primeiro, elogiou a atitude de Felipão de abraçar os jogadores:

“Felipão errou e sabe que errou, mas a atitude dele é digna agora no final”, comentou, apesar de criticar veemente as escolhas do comandante. O narrador aproveitou ainda, logicamente, para elogiar a atuação alemã. Com frases como “é o dia mais triste da história brasileira”, Galvão chegou a apresentar voz embargada pelo vexame, principalmente após a imagem de David Luiz saindo de campo chorando e pedindo desculpas aos torcedores. “Não adianta a gente tentar esconder ou criar palavras que podem resumir o que aconteceu. Foi um vexame”, pontuou. A Rede Globo ainda aproveitou para exibir na íntegra as explicações do técnico Luiz Felipe Scolari após a vergonhosa atuação do time.

Na volta para o encerramento da transmissão, o narrador fez um longo e último desabafo, em alguns momentos até com resposta a explicações dadas pelo treinador, e decretou a humilhação nacional. "Hoje o futebol brasileiro foi humilhado. Foi motivo de humilhação. E hoje não chegamos nem perto de cumprir a obrigação, de lutar contra uma seleção mais forte, de dar entrega. Quanto tempo será que vai demorar para aquele garotinho que apareceu chorando na transmissão se recuperar do vexame de ver o time dele humilhado? O choro desse menino, quantos anos vai demorar para se recuperar? Foi um dia de humilhação. É esporte, tem que saber perder, mas é muito difícil saber perder", definiu Galvão Bueno, que pode fazer em 2014 sua última transmissão de Copa do Mundo.
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