Duas mulheres foram presas na tarde de quarta-feira, 6, por agentes penitenciários quando tentavam entrar na Penitenciária Central do Estado (PCE) carregando maconha e pasta base escondidas em suas vestimentas. Desde o último dia 31, a revista íntima a que os visitantes eram submetidas no sistema penitenciário mato-grossense foram abollidas pela Secretaria de Estado de Justiça (Sejudh).
Veja mais:
Detento morre após ser espancado na Penitenciária Central do Estado
Mulher é flagrada com droga na parte íntima tentando entrar em cadeia
De acordo com a Sejudh, a droga foi detectada com a ajuda da raquete de mão com metal, que é utilizada na revista. O equipamento foi adquirido recentemente para a modernização do sistema penitenciário. As duas mulheres, identificadas como R.O. R. e V.G.S., foram levadas por uma agente penitenciária para o Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Ciosp) do Planalto. As drogas seriam entregues para os detentos Jonata Batista e Antônio Marcos.
O secretário da Sejudh, Luiz Antonio Pôssas de Carvalho, explicou que a ação faz parte de processo humanização. Somente em casos suspeitos é que a revista é feita de forma manual. Entre alguns dos equipamentos utilizados, estão: detector de metais, raio-x e banqueta eletrônica capazes de identificar objetos levados por visitantes. Além disto, cães farejadores também ajudam nas buscas.
"Vemos o retorno positivo dos investimentos em equipamentos. Com a modernização do sistema penitenciário não são necessários constrangimentos, encarados por muitos visitantes como humilhação em vez de medida preventiva. Há mulheres que deixavam de visitar familiares porque eles não queriam que elas passassem pela vistoria íntima. As novas tecnologias adquiridas eliminam o eventual distanciamento da família e, ao mesmo tempo, permitem identificarmos e apreendermos objetos vedados pela legislação nos presídios”, afirma o secretário.
Desde o dia 31 de julho deste ano a revista intima está proibida nas 65 unidades prisionais mato-grossenses, após a regulamentação da lei publicada no Diário Oficial que circulou em 21 de julho. Praticas como retirada de roupas, agachamentos ou saltos no momento da vistoria e utilização de espelho pelos agentes estão vedadas.
De acordo com a legislação, o visitante que tentar entrar com objetos e produtos proibidos nas unidades prisionais de Mato Grosso fica impedido de fazer visita por 30 dias e, em caso de reincidência, o prazo é sobe para 60 dias. Se autuada em flagrante, a pessoa tem o nome excluído da lista de visitantes e fica proibida de entrar em qualquer penitenciária do estado até que seja absolvida da acusação.
