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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Para Lula, acusação de revista é “insana” e de “má fé”

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da tradicional caminhada às vésperas da eleição em São Bernardo do Campo na manhã deste sábado e criticou a reportagem da revista Veja, que cita o depoimento do doleiro Alberto Yousseff. De acordo com a publicação, na delação premiada, ele diz que Lula e a presidente Dilma Rousseff sabiam do esquema de desvios de dinheiro na Petrobras. Porém, para o líder petista, a atitude da revista em publicar uma matéria “insana” e mentirosa às vésperas do segundo turno foi uma tentativa “grotesca” de influenciar nos votos dos eleitores.

“Acho que o que a Veja fez foi uma demonstração de insanidade da imprensa marrom neste País. De um segmento da imprensa que nós já conhecemos muito bem, que tenta interferir no processo eleitoral. A Veja ontem chegou ao limite dos limites. Conseguiu fazer o impossível que ninguém acreditava que fosse possível ser feito. Ela conseguiu inventar uma mentira. É apenas a tentativa grotesca, inclusive de antecipar a tiragem para ver se influía no restante da imprensa brasileira. É uma atitude de má fé, leviana, mesquinha”, criticou o líder petista.

Lula disse irá processar a revista por conta do teor da reportagem. Para ele, os autores da matéria não devem “deitar a cabeça no travesseiro e ter um sono tranquilo”.


 

“Da minha parte, a partir do processo eleitoral, vai ter que explicar na justiça. Não tem mais limite. Sempre ouvimos que não adianta processar, para deixar pra lá. É sempre assim. Você vai conversar com advogado e eles falam isso. Mas acho que o que a Veja fez não pode ficar pra lá. Ela exagerou. Não podemos chamar nem de imprensa marrom. Eu não sei se algum diretor ou editor da Veja fez a matéria. Não sei se ele deita a cabeça no travesseiro e consegue dormir um sono tranquilo”, disse.

O ex-presidente da República afirmou que, daqui para frente, os políticos terão que rever a maneira que fazem as campanhas. “Acho que o jogo está jogado. Eu acho que é preciso, daqui para frente a gente repensar o papel das campanhas, porque as campanhas precisam acontecer pra tentar politizar a sociedade”, completou.

Questionado sobre as dificuldades que o presidente eleito terá de enfrentar com a divisão do país entre PT e PSDB, Lula acredita que Dilma ou Aécio Neves (PSDB) terão que construir uma “base” e levar em conta o resultado do primeiro turno, quando a população escolheu deputados e senadores.

“O eleito vai ter que governar. Obviamente que quem for eleito vai ter que construir sua base, levar em conta o resultado eleitoral do dia 6 de outubro, no primeiro turno. Vai ter que governar. Às vezes me assusta o discurso, eu diria lacerdista, que só falta dizer que não pode ganhar e se ganhar não pode governar. Só falta dizer isso. E a verdade é o seguinte: quem ganhar governa este País e governa os quatro anos porque temos 200 milhões de habitantes que não são imbecis. Sabemos fazer democracia e respeitar democracia”, disse Lula.

Em relação à possibilidade de concorrer à presidência da República nas eleições de 2018, Lula voltou a desconversar e diz que não sabe nem se estará vivo. “Não vou saber mais do que Deus e dizer o que vai acontecer comigo em 2018. Na minha idade se tiver vivo já está de bom tamanho. Não podemos prever. Muita coisa vai acontecer até lá. A Dilma vai fazer um governo infinitamente melhor porque já conhece toda máquina, tem projetos prontos e isso que vai acontecer no Brasil”.

 

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