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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Empresário de Sinop é suspeito de narcotráfico a serviço das Farc; PF cumpre 13 mandados em MG, SP e MT

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Empresário de Sinop é suspeito de narcotráfico a serviço das Farc; PF cumpre 13 mandados em MG, SP e MT
A Delegacia de Repressão a Entorpecentes da superintendência paulista da Polícia Federal (PF) cumpriu 13 mandados de prisão em Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo contra uma organização criminosa comandada por empresários brasileiros era responsável pelo transporte de cocaína das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) da Venezuela para Honduras, onde toneladas da droga eram entregues aos cartéis mexicanos de Sinaloa e Los Zetas. O empresário de Sinop, Paulo Jones Flores, seria o chefe da quadrilha, de acordo com relatório da Polícia Federal. 


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As investigações tiveram início a partir da Operação Veraneio, desencadeada pela Polícia Federal em Sinop. No relatório da PF, existe a citação de que há investigação sigilosa em andamento em Sinop, na 2ª Vara Única, processo número 8035-53.2011.401.3603, inquérito policial nº 307/2011, instaurado em 14 de dezembro de 2011. Naquela apuração, Paulo Jones da Cruz Flores figura como o principal investigado, e os fatos criminosos investigados são a responsabilidade criminal pelo envio do avião PT-OFH da Venezuela a Honduras, no dia 02 de julho de 2012, abordado em Honduras com 968 quilos de cocaína, e também pelo envio de diversos outros aviões à mesma rota, em datas posteriores. Na época do envio do avião PT-OFH, Ronald Roland e Manoel Meleiro Gonzales, residentes em Campinas/SP e em São Paulo/SP, eram os principais comparsas de Paulo Flores. A presente investigação os tinha como alvos iniciais.

Investigações da Polícia Federal apontam que há diversas mensagens em que são mencionados valores da propina de até US$ 400 mil para os militares do país vizinho. Os aviões partiam de cidades do interior paulista, de Sinop e São Félix do Araguaia, em Mato Grosso, e Bacabal, no Maranhão. Antes de decolar, os pilotos recebiam o código transponder – número que faz a aeronave emitir um sinal que identificará o voo nos radares – da Venezuela.
 
“Paulo Jones proprietário de uma fazenda na cidade de Sinop/MT, denominada Estância Flores, de um hangar dentro da mesma fazenda, e tem registradas em seu nome sete empresas do ramo de aviação: Promoar Assessoria e Peças Aeronáuticas Ltda., GP Manutenção de Aeronaves, Tasi (Táxi Aéreo Sinopense), Peniel Aviação Ltda., Paulo Jones da Cruz Flores Eirele Comércio de Combustível, CNE Fama Flores Assessoria e Manutenção Aeronáutica, e Fenix Aviation Serviços e Comércio de Peças para Aviões Ltda.. Paulo Jones alega ter enriquecido por ser empresário do ramo de aviação, tendo como principal fonte de renda o aluguel de aviões para fins lícitos. A investigação comprova que a maior fonte de renda de Flores é o tráfico internacional de cocaína”, diz trecho do relatório.
 
A investigação, na fase atual, não esclareceu se as empresas em nome de Paulo Flores funcionam de fato, qual o volume de negócios destas, qual o faturamento, se elas efetivamente geram algum lucro. “Não sabemos, ainda, até que ponto são empresas de fachada, para ocultar e branquear os ganhos ilícitos. Até mesmo porque Paulo utiliza outros métodos de lavagem de dinheiro. No entanto, o fato evidente na apuração é que Paulo Flores tem como principal fonte de renda o tráfico de cocaína na rota Venezuela – Honduras”, diz o relatório.
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