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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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Sem previsão de chuva, Cuiabá deve ficar 'imersa' em meio a fumaça e qualidade do ar é crítica

Foto: www.skyscrapercity.com

Sem previsão de chuva, Cuiabá deve ficar 'imersa' em meio a fumaça e qualidade do ar é crítica
Cuiabá pode ficar completamente imersa na fumaça no mês de setembro caso registre-se  o prolongamento  da estiagem, que já dura 46 dias. O coordenador de Monitoramento da Qualidade Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), Sérgio Figueiredo, explica que o prolongamento é um dos efeitos esperados pelo fenômeno El Niño para este ano e para 2016. “Caso não haja a famosa ‘chuva do caju’ até sete de setembro, os níveis de fumaça tendem a aumentar e a cidade poderá ficar imersa na fumaça.” 


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A situação se agrava no período noturno, segundo o especialista, porque é quando a temperatura se torna mais amena e os poluentes têm mais dificuldade em subir para a atmosfera.
 
Na capital, a  mudança de ventos e  a intensificação dos focos de calor devem agravar ainda mais a qualidade do ar. Dados do Laboratório de Ensaios da Sema apontam que o limite de material particulado oriundo da fumaça de queimadas considerado tolerável é de 25 microgramas (µg) por metro cúbico de ar (m³). Na capital, esse índice oscila entre 20 e 23 µg/ m³ na última semana. 

Além disso, a umidade relativa do ar está variando entre 17% e 12%, sendo este último considerado estado de emergência sanitária pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
 
Além de Cuiabá, cidades do extremo norte de Mato Grosso apresentam  quadros  de qualidade do ar considerados inadequados: Nova Bandeirantes, Colniza, Cotriguaçu, Aripuanã, Juína, Porto dos Gaúchos e Juruena. Em Cotriguaçu e Nova Bandeirantes, por exemplo, o volume de poluentes chegou a atingir 50 µg/m³ nas últimas duas semanas, situação que pode levar ao agravamento de várias doenças, entre elas, as mais frequentes são as respiratórias. 

Como as questões atmosféricas mudam rapidamente, Figueiredo pontua que há possibilidade de parte da fumaça oriunda da região norte seguir apenas para o estado vizinho Rondônia ou, conforme mudança de ventos, vir para Cuiabá, repetindo o fenômeno do “smog” que deixou a cidade em estado de alerta em 2007. O termo resulta da junção das palavras da língua inglesa “smoke” (fumaça) e “fog” (nevoeiro). 

Fogo
 
Para o tenente coronel Paulo André Barroso, comandante do Batalhão de Emergências Ambientais (BEA), é importante a população colaborar e não fazer uso do fogo neste período proibitivo, pois as condições estão propícias para que as queimadas se transformem em incêndios florestais, no caso de áreas rurais, de grandes proporções. “A maioria das queimadas é oriunda de atividades ou ações humanas, por isso apelamos para a consciência dos cidadãos, seja no campo ou na cidade. Além de ser crime, queimar neste período pode gerar consequências graves para o meio ambiente e também à saúde da população.” 
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