O ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP) e o deputado estadual Mauro Savi (PSD) só vão se pronunciar sobre a apreensão de documentos ligados a eles na 11ª fase da Operação Ararath, em que a Policia Federal investiga crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro, após tomarem conhecimento dos autos. O anúncio foi feito através de suas assessorias de imprensa, na tarde desta sexta-feira (3).
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Durante a 11ª fase da operação, deflagrada na quinta-feira (02), documentos dos dois políticos mato-grossenses foram apreendidos na sede da Construtora GMS, de Georges Malouf (PSDB). Por determinação da Justiça o empresário ainda foi conduzido a prestar esclarecimentos na sede da PF. Por meio de nota à imprensa ele asseverou que está à disposição para colaborar com as investigações.
Na GMS, foram encontradas três notas promissórias no nome do deputado Mauro Savi, cada uma de valor aproximado de R$ 29 mil. O avalista delas era Celson Luiz Duarte Bezerra, que já foi preso no decorrer das investigações da Ararath. No nome de Maggi foi encontrada uma confissão de dívida e dados sobre a transferência de apartamento ao nome dele.
Segundo a assessoria de imprensa de Mauro Savi, o deputado está no município de Sorriso. Depois de tomar conhecimento dos autos, deverá se pronunciar. Blairo Maggi esta em viagem à China, aonde trata de assuntos ligados ao agronegócio. Ele volta somente no dia 8 de junho, quando deverá tomar nota sobre as apreensões.
Construtoras
Os empresários levados para prestar depoimentos tiveram que esclarecer compras suspeitas de clientes, e podem responder por isso caso tenham se omitido de informar as autoridades competentes. Nos depoimentos, nenhum deles se recusou a prestar esclarecimentos, segundo o delegado. Prestaram informações à Polícia Federal o dono da Construtora São Benedito, Marcelo Maluf, e da Construtora GMS, Georges Malouf.